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Morre mulher ferida após ex-companheiro explodir botijão de gás no Nortão

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Só Notícias/Ana Dhein com Lucas Torres, de Sorriso (foto: Só Notícias/Lucas Torres)

O delegado João Wanick, da Polícia Civil, confirmou, há pouco, que Eliziane Martins de Oliveira, de 24 anos, morreu após ser transferida para o Centro de Tratamento de Queimados do hospital municipal de Cuiabá. Ela foi vítima de feminicídio, no domingo à tarde, no bairro Santa Helena, em Nova Ubiratã (169 km de Sinop) após o ex-companheiro explodir propositalmente um botijão de gás. “Nós já conseguimos apurar que eles estavam discutindo, houve uma briga relacionada a essa relação dos dois, algum desentendimento, seja de término ou alguma coisa que esse rapaz não estava aceitando e ele se trancou com a vítima dentro da casa, ligou o botijão de gás e colocou fogo”, explicou o delegado.

“Nós também ainda não identificamos qual foi o objeto utilizado, seja um isqueiro, fósforo, ou fogão, a perícia ainda vai nos informar, mas ele colocou fogo no local visando justamente ceifar a vida dessa sua ex-companheira e também o suicídio, provavelmente, porque ele realmente estava dentro do local ele queria explodir ali junto com a vítima. Um caso gravíssimo, que chocou a população e tanto a Polícia Civil, porque realmente uma violência sem tamanho, a pessoa explodir a residência do casal. Temos imagens do local, o teto chegou a desabar, foi uma explosão muito forte, e tivemos informações que a vítima faleceu pela manhã, derivada das queimaduras causadas pela explosão, e o suspeito encontra em estado gravíssimo no hospital. Estamos acompanhando a situação de saúde dele para ver se ele vai ter alta ou vai virar óbito, porque realmente parece que o caso dele é bem grave, bem sensível”, detalhou João Wanick.

O delegado ainda ressaltou a importância de vítimas de violência doméstica denunciarem desde o primeiro momento em que sofrem algum tipo de agressão. “As agressões nunca começam já nesse nível, nível de morte, né? Sempre começam como ofensa, uma agressão física, uma agressão verbal, psicológica e o final, que é esse, o caso mais grave que é o feminicídio, e então a gente sempre pede para as vítimas realmente, no primeiro sinal de agressão, já fazer uma denúncia, que, como nesse caso, a gente não tinha como acompanhar uma situação que a gente nunca foi informado, e que já decorreu aí o final, que é o feminicídio, uma tristeza”, concluiu João Wanick.

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