O Terminal Intermodal de Itiquira será inaugurado, amanhã, com a presença do governador Silval Barbosa e do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. São mais 212 quilômetros de ferrovia, no trecho Alto Taquari – Alto Araguaia – Itiquira. Os outros 148 quilômetros até a cidade de Rondonópolis estão em construção e o trecho deverá estar concluído até dezembro deste ano, segundo a concessionária América Latina Logística (ALL). “O Terminal de Itiquira é um passo concreto do avanço da Ferrovia em Mato Grosso”, afirmou o secretário extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes de Mato Grosso (Selit/MT), Francisco Vuolo.
A importância do Terminal Intermodal para a cidade de Itiquira, segundo Vuolo, tem diversos aspectos. O primeiro deles, é o econômico, que se vê claramente, cujos resultados efetivos já trouxeram para Mato Grosso, desde 2000, quando da inauguração do Terminal de Alto Taquari e posteriormente o Terminal de Alto Araguaia. A transformação por qual passou essas cidades e a região em torno delas é evidente. Eram cidades – apesar da qualidade da terra, do potencial agropecuário – cujas expectativas eram limitadas. Com a chegada da ferrovia aconteceu um crescimento significativo, atraindo indústrias, valorização econômica da terra, geração de novos empreendimentos, num círculo virtuoso permanente.
Junto com esse crescimento, alia-se os avanços sociais. Alto Taquari e Alto Araguaia investiram no aumento de escolas e na área de saúde para atender ao crescimento da demanda. Esses investimentos na área social, destaca Vuolo, impactaram também na população como um todo, além da geração de emprego e renda. “Ao que tudo indica, o Terminal de Itiquira vai produzir algo semelhante na região”, analisa.
Outro aspecto significativo da ferrovia é a logística para o nosso Estado. Mato Grosso produz acima dos patamares e índices nacional e internacional, por conta de seu clima extremamente regular. “Não temos geadas, terremoto, furacão, aliado aos avanços das técnicas de produção, faz com que os exportadores apostem, cada vez mais, no nosso crescimento”, disse.
Em um Estado de dimensões continentais – são mais de 900 mil km², o equivalente a três Itália – o investimento em logística é fundamental. “Precisamos melhorar as nossas estradas – e o governo vem fazendo isso, buscando novos recursos -, investir na hidrovia e ampliar a malha ferroviária, que é uma realidade”, destaca Francisco Vuolo.
A gestão de todos esses modais é que vão garantir novos investimentos com atração de industrias que vão agregar valores à nossa produção. “A logística é que vai possibilitar tudo isso”, afirma. A ferrovia, dentro desse painel logístico, segundo ele, tem um papel destacado, por ser um modal de transporte seguro e a relação custo-benefício é bastante positiva, e vai baratear o custo de escoamento da nossa produção.
O avanço da Ferrovia deve-se a ação do Governo Federal, que inseriu a ferrovia dentro do PAC I, aliado a ação do governo de Mato Grosso, aliado aos esforços da bancada federal e, importante, a iniciativa privada, por parte da ALL que acreditou na viabilidade e colocou a Ferronorte, através da gestão competente, num cenário viável.