PUBLICIDADE

Ministra diz que Justiça dificulta efetivação de multas ambientais

PUBLICIDADE

O problema não está na fiscalização dos crimes ambientais, mas na efetivação das multas que resultam dela. A avaliação é da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que informou que o o Plano de Combate ao Desmatamento, na Amazônia, aplicou até aqui R$ 3 bilhões em multas.

“Você tem um problema judicial que precisa ser corrigido urgentemente”, disse, em entrevista a emissoras de rádio parceiras da Radiobrás. “Precisamos buscar cada vez mais efetividade na Justiça para que, aplicadas essas multas, os contraventores paguem. Mas aí é uma questão judicial, já não está mais na alçada do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]. Acho que estamos aperfeiçoando esse processo e precisamos aperfeiçoar cada vez mais.”

Ela disse também que a discussão sobre crescimento com sustentabilidade foi marcante durante a concessão de licenças ambientais para a construção das usinas do Rio Madeira.

“As pessoas diziam: mas por que ficar retardando um investimento como esse por causa de peixes? Os grandes bagres da Amazônia são responsáveis pelo alimento de centenas e centenas e milhares de populações ribeirinhas em toda a Amazônia. Precisam ser preservados. E a prática nos mostrou que foi possível dar licença do empreendimento, resolvendo o problema de peixe, resolvendo o problema de mercúrio, resolvendo o problema de sedimento e resolvendo o problema da malária.”

Para Marina, essa é uma discussão “difícil e complexa”, mas que está avançando no país. No caso do Rio Madeira, a ministra disse que o governo atendeu questionamentos apontados por ambientalistas sobre o empreendimento.

“Houve uma discussão interna no governo, em que o setor ambiental fez uma série de observações”, afirmou a ministra. “Foram mudadas as turbinas, que eram turbinas tradicionais e mudou para turbina de bulbo, e isso diminuiu o lago em oito vezes. Houve uma decisão do governo de não fazer o terceiro empreendimento e isso evitou que se impactasse o alto Rio Madeira. Houve uma decisão de não fazer as eclusas [diques para permitir a passagem de barcos] e isso evitou que se tivesse uma mobilização de grilagem para a área do Alto Rio Madeira.”

Entretanto, portaria publicada na última segunda-feira (13) mostra que a construção de uma hidrovia no Rio Madeira ainda é uma possibilidade considerada pelo governo como obra complementar às Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Porto Velho (RO). Um dos itens trata da “eventual construção de obras de navegabilidade” no rio.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Bombeiros capturam jiboia que foi encontrada em meio a entulhos em imóvel no Nortão

A jiboia-constritora (Boa constritor) foi encontrada no quintal de...

Homem é socorrido em parada cardíaca após se engasgar com bolo no Nortão

O morador, de 52 anos, recebeu os primeiros atendimentos...
PUBLICIDADE