O Ministério Público do Estado (MPE) instaurou um inquérito civil para investigar as consequências da desativação do Terminal de ônibus André Maggi, em Várzea Grande. Conforme o promotor de justiça Rodrigo de Araújo Braga, a desativação estaria ocorrendo de maneira precipitada, em prejuízo aos passageiros e trazendo consequências ao trânsito da cidade. A medida, de acordo com a Prefeitura de Várzea Grande, será gradual e com a instalação de novos pontos de ônibus. Passam hoje pelo terminal aproximadamente 80 mil pessoas diariamente.
Como primeira medida no cronograma de desativação informado pela prefeitura, os ônibus das linhas 055 (Terminal André Maggi/Coxipó) e 017 (Terminal André Maggi/UFMT) não passam mais pelo local desde o dia (20). Na portaria, o promotor lembrou que o Conselho da Cidade de Várzea Grande noticiou que a medida carece da prévia elaboração do Plano Municipal de Transportes, previsto no Plano Diretor e oficiou o Conselho Municipal de Transporte pedindo informações a respeito do assunto.
O promotor ainda oficiou o secretário municipal de Serviços Públicos e Transporte pedindo informações sobre a data em que ocorrerá a desativação integral do terminal, questionando a existência de estudo técnico que respalde a desativação e sobre como o serviço será prestado após isso. O MPE ainda quer saber quais as consequências no trânsito, com a especificação dos bairros que serão mais atingidos e de que forma a medida aumentará a qualidade do serviço prestado. Quando anunciada a desativação do terminal, o secretário de Transporte, Roldão Lima, afirmou que um dos problemas que contribuiu é a falta de segurança.