Os municípios de Cáceres e Várzea Grande foram desabilitados do programa do governo federal Farmácia Popular. A portaria com o corte foi publicada, ontem, no Diário Oficial da União. A medida foi assinada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, e faz parte de um movimento de corte de gastos. O governo alega que a manutenção das estruturas representava mais que o valor despendido com os remédios.
De acordo com nota do Ministério da Saúde o custo administrativo para a manutenção das farmácias chegava a representar 80% do orçamento do programa, que é de R$ 100 milhões por ano. O valor será então, conforme a pasta, será enviado agora para as prefeituras dos municípios onde funcionavam.
Segundo informações divulgados pelo jornal A Folha de São Paulo, em junho, a intenção do Ministério da Saúde é fechar, até agosto, todas as unidades próprias do Farmácia Popular. O governo federal defende que a medida ampliará o acesso da população aos medicamentos, já que, em 2016, dos R$ 100 milhões destinados ao Farmácia Popular, apenas 20% foram gastos na compra de medicamentos, o restante foi destinado a gastos estruturais das unidades.
O programa Farmácia Popular oferece medicamentos gratuitos ou com descontos de até 90% para a população.