Representantes do Fundo Nacional de Saúde, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, estiveram em Cuiabá, esta semana, para negociar a retomada e finalização do Centro de Nefrologia, cuja construção foi paralisada em 2007. O projeto foi executado através de um convênio assinado pelo ministério e pelo governo do Estado nas dependências do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), que não tem gerência sobre a obra. Entretanto, a atual gestão do Júlio Müller está preparando um projeto com uma nova proposta assistencial para o prédio, atendendo as atuais necessidades da população.
A ideia discutida e aprovada pela Secretaria de Saúde do Estado é transformar o prédio em um Hospital Dia para atender pacientes de cirurgias eletivas com curto período de internação ou que permita alta no próprio dia da cirurgia. Com o auxílio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o HUJM, o novo projeto básico do espaço deve ser concluído até agosto.
O superintendente do HUJM, Francisco Dutra Souto, acredita que essa obra é um dos maiores problemas do Júlio Müller hoje. “Ela interfere com a mobilidade dos colaboradores e dos usuários, atrapalha os serviços e tem muito tempo parada, caracterizando-se como um constrangimento para o poder público em uma região com tanta carência. No entanto, estamos unidos à vontade do MS em resolver o problema. De modo que acreditamos que a história dessa obra mude e tenha um final feliz”.
Para viabilizar a conclusão do prédio, a primeira etapa da ação caberá ao MS e ao Governo do Estado, responsáveis por sanear o convênio assinado em 2003. Será preciso analisar os valores repassados e o que efetivamente foi executado da obra. Todo esse processo foi discutido durante uma reunião ampliada que foi realizada na terça-feira, dia 30, com a presença do secretário Estadual de Saúde (SES), Marco Aurélio Bertúlio, e de gestores dos órgãos federais – Fundo Nacional de Saúde do MS, Ebserh, Universidade Federal de Mato Grosso, Hospital Júlio Müller; além dos representantes de órgãos de controle – o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Antes de retornar à Brasília, na manhã de quarta-feira (1º de julho), o coordenador Geral de Acompanhamento de Investimentos e Análise de Prestação de Contas do FNS, André Luíz Alves Silveira Martins, e o coordenador de Acompanhamento de Investimentos do Fundo, Thiago Rodrigues Santos, conheceram a obra paralisada. A visita foi acompanhada pela Coordenadora de Infraestrutura Física e Tecnológica da Ebserh, Regina Maria Barcellos, e pelos gestores do HUJM: o Superintendente Francisco Dutra Souto e o Gerente Administrativo Cassiano Falleiros e o Chefe de Divisão de Logística e Infraestrutura Hospitalar, Paulo Ambrósio.
Na primeira reunião ocorrida na Secretaria Estadual de Saúde, participaram da discussão realizada na SES, além dos gestores já citados: o Vice-reitor da UFMT, João Carlos de Souza Maia, a Pró-reitora de Planejamento da Universidade Professora Elisabeth Mendonça; Ana Elisa Monteiro Britta e Salvador José Leite, ambos da Divisão de Convênios do Núcleo Estadual (Dicon/MT) do MS. Pelos órgãos de controle participaram da reunião o procurador da República Marco Antônio Barbosa e o diretor da 2ª Diretoria Técnica da Secretaria de Controle Externo do TCU/MT, Alexandre Giraux.