O Ministério dos Transportes criou um fórum permanente para transporte rodoviário de cargas no âmbito do órgão. O secretário-executivo em substituição, Edson Giroto, nomeou membros do governo federal, DNIT(Departamento Nacional de Infra-estrutura), ANTT (Agência Nacional Transportes Terrestres), confederações de transportes e agricultura, demais entidades e também um representante de Mato Grosso, Miguel Mendes, da Associação dos Transportadores de Cargas do Estado. Com isso as discussões para a formatação de uma tabela única de frete, tão cobrada pelos caminheiros, ganha um novo gás.
Em maio, a ANTT abriu consulta com o objetivo de colher sugestões para a edição de Resolução referente à metodologia e aplicação dos parâmetros de referência para cálculo dos custos de frete. E isso gerou expectativa para os caminheiros, que em Mato Grosso, protagonizaram o bloqueio de algumas da principais rodovias do Estado, como a BR-163, pela reivindicação dos números.
O preço mínimo do frete considera os gastos com o caminhão no transporte como pneus, taxas e combustível. Um dos exemplos apresentados é de um trecho de 600 quilômetros, que corresponde aproximadamente o trajeto de Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, em que o preço da tonelada seria de R$ 103,83. Hoje, conforme a representatividade do setor no Estado, o valor é de R$ 90, na safra.
Exigindo a criação da tabela, caminhoneiros chegaram bloquear por 5 dias, em abril, rodovias no Estado. Os manifestos ocorreram em trechos da BR-163 em Sorriso, Guarantã do Norte e Lucas do Rio Verde. A BR-364 foi interditada em Rondonópolis, Diamantino e Alto Garças. A BR-174, em Comodoro, além da MT-158, em Tangará da Serra, também foram bloqueadas.
Na primeira manifestação dos caminhoneiros, em fevereiro, houve desabastecimento de combustíveis, gás de cozinha e outros produtos em várias cidades do Nortão. Situação que voltou a ocorrer novamente no último bloqueio.