A categoria deliberou em assembleia geral do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), ontem à noite, pela manutenção da paralisação dos trabalhos na capital. A situação já dura 37 dias. Os profissionais disseram que aguardaram até antes da assembleia uma proposta por escrito por parte da prefeitura, coisa que não ocorreu.
De acordo com o diretor do sindicato, Edinaldo Lemos, convidado na semana passada para uma conversa informal pelo secretário de Comunicação Social e de Governo, Kleber Lima, a prefeitura admitiu ter cometido um erro ao cortar os 14% referentes ao Prêmio Saúde.
A proposta deveria ser formulada após a conversa. Mas, para Lemos, o único que se viu foi o vazamento unilateral do diálogo para a imprensa da boca do próprio secretário, em um verdadeiro jogo de cena. “Eles querem parecer estarem abertos à negociação. Mas, se estivessem mesmo, teriam enviado alguma proposta por escrito até ontem. Ao menos evidenciaria a boa fé e vontade de colocar um fim no sofrimento da categoria e de toda população”.
A greve atinge 100% dos atendimentos ambulatoriais, enquanto urgência e emergência vêm sendo mantidos. Mas a paralisação dos profissionais da atenção básica tem começado a refletir na ponta. De acordo com o diretor do Pronto Socorro de Várzea Grande houve um aumento de cerca de 30% no número de pacientes desde o início da greve.