O médico ortopedista Luiz Fernando Amorim negou envolvimento no suposto esquema de cobrança de propinas para realização de cirurgias no Pronto Socorro de Várzea Grande. Ele disse desconhecer os motivos pelo qual teve o nome citado pelo segurança Edson Fernando da Silva, que foi flagrado recebendo R$ 2,5 mil do marido de uma mulher que conseguiu realizar uma cirurgia na perna.
O homem procurou a polícia e relatou que foi procurado pelo suspeito na porta do PS e recebeu a proposta. Se pagasse R$ 2,5 mil, a esposa dele faria a cirurgia. O procedimento foi realizado no Hospital Metropolitano, que é do Estado e gerido por uma Organização Social (OS). A direção da unidade também foi procurada pela vítima e acompanhou o caso.
Ao paciente, Edson teria citado o nome de Amorim e outro médico, que receberiam parte do dinheiro. Porém, o ortopedista alegou que não estava de plantão naquele dia e não atendeu a paciente. "Não tive contato nenhum com ela. Apenas trabalho no plantão aqui e não estava na escala naquele dia", disse em entrevista a TV Record.
Ele também alegou desconhecer qualquer esquema de cobrança de propina no PS e também no Metropolitano, já que não participaria da equipe médica que seleciona os pacientes para a fila de cirurgia. "Eu só trabalho no plantão".
Amorim foi ouvido pela polícia na quinta-feira. Na ocasião não quis falar com a imprensa. Além dele, outro ortopedista do PS prestou depoimento, bem como Edson, que chegou a ser preso e foi colocado em liberdade após pagar fiança.
O caso, registrado no dia 25, é acompanhado pela direção do Metropolitano, onde a cirurgia foi realizada. O hospital começou a atender em agosto do ano passado, apenas realizando cirurgias de média e baixa complexidade, reguladas pela rede estadual.