PUBLICIDADE

Médico acusado de praticar aborto no Estado é mantido na prisão

PUBLICIDADE

A Justiça de Barra do Garças manteve a prisão preventiva contra o médico Orlando Alves Teixeira. Ele é acusado de praticar abortos e furto de medicamentos no município. Em audiência realizada, na semana passada, o juiz Wagner Plaza Machado Junior ressaltou que os motivos da decretação da prisão permanecem inalterados.

A prisão preventiva havia sido decretada porque, de acordo com o Ministério Público do Estado (MPE), Orlando não teria cumprido a determinação de não exercer a profissão. Documentos juntados pelos promotores atestam que ele continuava a atender pacientes no Hospital Municipal de General carneiro (região Leste).

O magistrado não acolheu a argumentação do advogado de defesa do médico, Paulo Lacerda, de que o médico não poderia se afastar do trabalho sem que a prefeitura fosse notificada desta decisão. “Nenhum empregador aceitaria isso, pagar salários sem que o profissional prestasse os serviços. A prefeitura deveria ter sido notificada”, destacou o advogado.

Em resposta, Wagner classificou a possibilidade como um “contrasenso”. “Do contrário a todo e qualquer réu que aceita suspensão condicional do processo teriam que ser informado aos prostíbulos, bares, os fabricantes de armas e por aí em diante”, afirmou o magistrado em trecho da decisão.

Para o juiz, o único fato novo existente no caso é a manutenção do médico na condição de foragido, o que poderia atrapalhar o andamento do processo. “Há um fato novo sim, fato que vem a demonstrar que a prisão se faz necessária, vez que o réu está foragido e assim sendo a sua fuga poderá frustrar a aplicação da pena caso haja condenação”.

Lacerda ainda tenta, junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso a suspensão do processo. Para o advogado, o magistrado teria condenado Orlando de antemão, no despacho que decretou a prisão preventiva. Como prova, o defensor citou uma reportagem do Portal Gazeta Digital, publicada na ocasião, que cita trecho da decisão.

Em resposta, o juiz afirmou que ainda não tem conhecimento da ação, mas que declarar suspeição por conta de uma atividade jurisdicional estrangularia todo o sistema judiciário. O jornalista “nada mais fez do que citou trechos da decisão judicial que acatou o medido ministerial de decretação de prisão preventiva. É sabido que não existe suspeição por fundamento de decisão judicial que decreta prisão preventiva, pois é atuação jurisdicional”.

Teixeira chegou a ser preso pela Polícia Federal no ano passado, acusado de praticar abortos na clínica de sua propriedade, no município, e roubar medicamentos exclusivos do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 9 de março, agentes deflagraram a operação “Pró Vita”, com 11 mandados de prisão, 33 de condução coercitiva e 23 de busca e apreensão em 6 municípios. Solto 17 dias depois de ser detido, o médico foi denunciado pelo MPE pelos crimes de aborto, peculato e corrupção passiva.

Leia ainda
Juiz manda prender médico acusado de aborto em Mato Grosso

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Carro tomba após colisão com outro em Sinop

O acidente envolvendo o Renault Logan e o VW...

Terminam domingo inscrições de seletivo de estágio do Poder Judiciário em Mato Grosso

Inscrições do processo seletivo de estágio do Poder Judiciário...

Supermercados Machado inaugura sua primeira loja em Sorriso

Sorriso ganhou, nesta terça-feira, (10) um novo marco...
PUBLICIDADE