O Ministério da Educação (MEC) informou que vai enviar à Justiça Federal no Ceará esclarecimentos sobre a metodologia que será usada na reaplicação da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aos estudantes prejudicados pelo erro de impressão nos cadernos de cor amarela.
A juíza Carla de Almeida Maia, da 7ª Vara Federal, determinou hoje (8) a suspensão imediata da prova realizada nesse final de semana. Segundo a magistrada, a reaplicação da prova colocará "em desigualdade todos os candidatos remanescentes".
Vinte e um mil cadernos de prova amarelos apresentaram erro de montagem e não continham todas as 90 questões aplicadas nos sábado (6). Não se sabe ainda quantos candidatos foram prejudicados por esse problema e o MEC estuda aplicar novas provas para esse grupo.
De acordo com o MEC, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia estatística usada no Enem, assegura as condições de igualdade entre os participantes, mesmo que eles façam provas diferentes. A TRI é aplicada no Enem desde o ano passado e permite que diferentes edições da prova tenham o mesmo grau de dificuldade. As questões são pré-testadas e ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes. Itens com alto percentual de acerto ganham peso menor e aqueles que poucos alunos acertam ganham mais peso.
Caso seja necessário reaplicar a avaliação do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os estudantes prejudicados pelo erro de impressão dos cadernos de prova amarelos, as datas mais prováveis são o último final de semana de novembro ou o primeiro de dezembro.