Relatório apresentado pelo portal Repórter Brasil e Instituto do Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (InPACTO) mostra que foram 65 casos registrados desde 2008. O levantamento, divulgado na última semana, mostra que ainda que oito empregadores no Estado foram autuados por trabalho análogo à escravidão. O relatório levou em conta apenas os processos com decisão administrativa final, entre maio de 2013 e dezembro de 2015.
O caso envolvendo maior número de trabalhadores ocorreu em 2012, na zona rural de Feliz Natal (130 km de Sinoo). Na ocasião, 22 pessoas foram flagradas trabalhando em situação análoga à escravidão. Em Cuiabá, 21 trabalhadores estavam nas mesmas condições, em 2013. O proprietário de um residencial foi autuado. No mesmo ano, 15 trabalhadores foram “libertados” em uma fazenda, em Matupá, no Nortão.
Também foram registrados casos em Tapurah, em 2008 (6 trabalhadores); na trincheira Santa Rosa, em Cuiabá, em 2011 (11 trabalhadores); em uma fazenda, em Itanhangá, em 2012 (7 pessoas); na zona rural de Paranatinga, em 2015 (2 trabalhadores) e em um sítio, em Guarantã do Norte, em 2014 (1 pessoa).
O levantamento foi baseado em dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, por meio da Lei de Acesso à Informação. Uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) proíbe o governo federal de divulgar a “lista suja” por conta própria, desde o final do ano passado.