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Mato Grosso tem 214 casos notificados de microcefalia

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Até o dia 7 deste mês foram notificados 214 casos de microcefalia no Estado. Em comparação com a semana anterior foram registrados mais dois casos. No total, 78 casos foram descartados após reavaliação em consulta médica do perímetro encefálico junto à curva de desenvolvimento infantil estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), constatando que o mesmo estava dentro da normalidade e sem alterações do Sistema Nervoso Central.

Os casos notificados de microcefalia estão distribuídos em 37 municípios de Mato Grosso, sendo a maioria deles em Rondonópolis (81 casos). A orientação da Secretaria de Estado de Saúde é para que os municípios investiguem os casos para confirmação, de acordo com o Protocolo de Vigilância, e intensifiquem o acompanhamento dos casos pela atenção à saúde.

A equipe da Vigilância Epidemiológica da SES esclarece que utiliza as definições vigentes no Protocolo do Ministério da Saúde para confirmação ou descarte dos casos suspeitos. No estado, todos os casos suspeitos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita, são investigados conforme o que determina o MS, que considera um caso confirmado após análise clinica radiológica e/ou laboratorial.

De acordo com o Protocolo, a investigação da causa da microcefalia é realizada somente nos casos notificados que apresentem características clínicas e/ou laboratoriais sugestivas de infecção congênita, para a identificação da infecção pelo vírus zika, entre outros agentes infecciosos.

O documento traz também orientações, como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, caso suspeito durante o parto ou após o nascimento, critérios para exclusão de casos suspeitos, sistema de notificação e investigação laboratorial. Além disso, há orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica dos casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados.

O Ministério da Saúde mudou, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o critério para considerar bebês com microcefalia. A medida do perímetro cefálico em recém-nascidos passou de 32 cm para 31,9 cm em meninos e 31,5 cm em meninas. Em dezembro, o parâmetro para diagnóstico da doença já havia diminuído, passando de 33 cm para 32 cm. As alterações têm como objetivo padronizar as referências para todos os países, valendo para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.

Com a redução da medida do perímetro cefálico, o Ministério da Saúde espera diagnosticar com mais precisão os casos de microcefalia, caracterizada pela má formação do cérebro dos fetos e recém-nascidos. A medida é feita na cabeça, logo acima dos olhos, e varia conforme a idade gestacional do bebê. Segundo o Ministério da Saúde, para a população brasileira, 33 centímetros é considerado normal.

A Secretaria de Estado de Saúde continuará analisando todos os casos suspeitos de microcefalia relatados até agora, mas a partir desta semana os bebês que nascerem com crânios igual ou superior a 32 cm não serão mais notificados como suspeitas de microcefalia. A área técnica da SES irá encaminhar o Novo Protocolo de Vigilância aos Escritórios Regionais de Saúde a fim de que todos os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) passem a adotar a nova medida.

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