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Mato Grosso tem 16 pontos de bloqueios contra aumentos no diesel e PRF está retirando caminhões da pista

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A assessoria da Polícia Rodoviária Federal informou, ao Só Notícias, que atendendo a determinação da superintendência, os policiais estão nos pontos de bloqueios e em alguns deles, como Água Boa e Campo Novo do Parecis, estão fazendo a retirada de carretas e caminhões das pistas. “Os bloqueios continuam, só estão tirando os veículos de carga que não estão passando, para evitar acidentes e dar mais agilidade para o tráfego. Até o momento não tivemos nenhum registro de confronto, esta tudo pacífico”, informou.

O protesto dos caminhoneiros para baixar o preço do óleo diesel entrou no terceiro dia, também em Mato Grosso. A Petrobras anunciou, hoje no final da tarde, redução de 10% no preço do diesel e o presidente Pedro Parente calculou que nas bombas o preço do litro poderá cair a até R$ 0,25. A Petrobras propõe não mudar o preço do diesel em 15 dias. "Durante esses 15 dias o preço não mexe e depois vamos reavaliar".

A PRF confirmou que subiu para 16 pontos de bloqueios de caminhoneiros nas rodovias federais no Estado. As vias são interditadas, porém automóveis, veículos de emergência, os que transportam cargas vivas e perecíveis são liberados.

Os pontos bloqueados são em Sinop (BR-163, no bairro Alto da Glória), Sorriso (BR-163, km 746) Lucas do Rio Verde (BR-163, km 691), Nova Mutum (BR-163, trevo de entrada da cidade), Cuiabá (BR-070, próximo ao acesso a Santo Antônio do Leverger e BR-364, final da pista dupla), Barra do Garças (próximo ao trevo da rodoviária) Primavera do Leste (BR-070, km 276 e 282), Campo Verde (BR-070, trevo de Dom Aquino), Sapezal (BR-364, km 1120), Comodoro (BR-174, trevo das BR’s 174 e 364) Rondonópolis (BR-364, trevo de acesso ao município), Diamantino (BR-364, próximo ao trevo de acesso ao município), Pontes e Lacerda (BR-174) e Campos de Júlio (BR-364 no km 1191).

Em Sinop, o bloqueio ocorre desde segunda-feira, à tarde. Ontem, ocorreram dois pontos de bloqueios no bairros Camping Clube e no Alto da Glória. Hoje somente o da entrada da cidade, sentido sul, permanece. Em Sorriso, os protestos começaram pela manhã sentido a Lucas do Rio Verde. Um dos líderes do movimento, Marcelo Soares, disse que está difícil se manter trabalhando com as consecutivas altas do preço do diesel. “Estou indignado porque não tem mais condições de trabalhar. Se o caminhão dá problema, nós isolamos a peça, se dá problema no pneu, compra-se um pneu usado e ninguém quer isso. Eu comprei um vale para abastecer 100 litros de óleo em um posto antes de ontem, e hoje eu fui abastecer e só consegui por 98 litros, porque a inflação comeu 2 litros. Dependendo do caminhão, para se ter ideia, um abastecimento dá R$ 5 mil”.

Em Lucas do Rio Verde caminhoneiros, taxistas e mototaxistas fizeram um buzinaço nas principais ruas e avenidas da cidade pedindo o apoio da população para as manifestações.

Os caminhoneiros autônomos querem a redução da carga tributária sobre o diesel, zeragem da alíquota de PIS/Pasep, Cofins e a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). As negociações estão em andamento. Ontem à noite o ministro da fazenda, Eduardo Guardia, confirmou que o governo federal firmou acordo com o Congresso para zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel e, consequentemente, reduzir o preço do diesel.

Representantes dos caminhoneiros deixaram a reunião de hoje (23) com ministros da Casa Civil, Transportes e Secretaria de Governo, afirmando que o governo não apresentou propostas que levem ao fim da paralisação da categoria, que já dura três dias. De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para amanhã (24). O presidente Michel Temer disse que pediu uma “trégua” de até três dias na paralisação. “Pedi que na reunião se solicitasse uma espécie de trégua para que em dois, três dias no máximo, pudéssemos encontrar uma solução satisfatória para os caminhoneiros e para o povo brasileiro”, disse.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) informou, ontem, que, comparando a alíquota do ICMS do óleo diesel vendido em Mato Grosso com a de outros Estados que possuem alíquotas entre 12% e 16% e é cobrada sobre um Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) menor do que o praticado em Mato Grosso, a redução do ICMS ampliaria o consumo, pois atualmente muitos motoristas de caminhões preferem abastecer nos Estados vizinhos. Goiás é o principal deles.

(Atualizada às 18:54h)

 

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