Mato Grosso foi responsável por 84% da degradação da floresta ocorrida no mês de junho na Amazônia Legal. No estado, a área que sofreu exploração madeireira ou por fogo foi de 558 km2, enquanto o total na região foi de 661 km2. O estado do Pará participou com 14% e Rondônia e o Acre com o restante. Os números apontam um acréscimo de 207% em relação ao mês de maio, que chegou a 215 km2. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a partir de monitoramento do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).
Em junho, o boletim aponta que houve uma redução de 75% na área desmatada na Amazônia Legal. Foram 150 km2, enquanto no mês anterior a devastação somou 612 km2. O Pará foi responsável por 81% do desmatamento do período. Mato Grosso e Rondônia respondem por 7% cada um, Amazonas com 3% e Tocantins e Acre com 1%. Mesmo assim, o Ministério do Meio Ambiente alerta que a área monitorada pelo SAD foi de 58%, uma vez que a existência de nuvens não permitiu que mais da metade do Pará e do Amazonas e quase o total de Roraima pudessem ser observadas.
O desmatamento acumulado dos últimos 11 meses, totalizou 1.234km2, uma redução de 74%, em relação ao ocorrido no mesmo período anterior, 4.755 km2. A queda mais expressiva foi em Mato Grosso, que teve a área reduzida em 82%, seguido por Rondônia com 80% e Pará com 70%. Já o Acre teve um acréscimo de 3%. O SAD também aponta que o desmatamento acumulado nos 36 municípios entre agosto do ano passado e junho de 2009 foi 677km2, uma queda de 76% em relação ao período anterior, que atingiu 2.834 km2. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) não comentou os dados.