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Mato Grosso registra mais de 2 mil focos de calor desde início do ano

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O Comitê do Fogo discute a redefinição imediata do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas de Mato Grosso (PPCDQ/MT) para o ano, amanhã, em Cuiabá, e prepara as ações integradas com as secretarias de Saúde, Educação, Planejamento, Cidades, e outros órgãos federais. O encontro às 9h, no auditório Pantanal da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

A redefinição do plano é uma das ações elaboradas pela Sema para a questão das queimadas em Mato Grosso. A outra é a realização da operação Apoena, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na região de Sinop. O objetivo principal é criar uma força-tarefa para coibir o desmatamento ilegal e, consequentemente, as queimadas. A operação está sendo acompanhada pela secretária Ana Luiza Peterlini e pelo superintendente de Fiscalização da Sema, major Fagner Nascimento. 

Mato Grosso registrou 2.191 focos de calor entre 1º de janeiro e 31 de março deste ano, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), valor 90% maior que no mesmo período do ano passado, quando 1.207 focos de calor foram identificados. Desse total, apenas 67 queimadas foram autorizados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), por estar fora do período proibitivo, que é entre 15 de julho e 15 de setembro. 

Isso significa que 96,94% dos focos são ilegais e estão ligados principalmente ao desmatamento ilegal. Se comparadas aos últimos cinco anos, as diferenças são até mais significativas, já que os números nesse mesmo período variaram entre 1.207 (2013), 771 (2012), 535 (2011) e 1.329 (2010) focos de calor. 

A região norte de Mato Grosso é neste momento a mais crítica. Um monitoramento da qualidade do ar já identificou que desde o dia 9 de março municípios na região de Sinop, Sorriso e Colíder, desde o dia 28, estão com a qualidade do ar alterada em razão da fumaça. As ações da Sema pretendem se adiantar a questão, que poderá ficar crítica a partir de julho. 

Por entender que as áreas mais sensíveis são de assentamento rural, as ações educativas com os pequenos produtores serão intensificadas. Outra proposta é envolver Ministério Público Estadual (MPE), Judiciário e prefeituras municipais nesse trabalho de prevenção. Em relação às unidades de conservação do Estado, os gerentes dos parques já iniciaram as notificações dos proprietários do entorno para fazer o acero e evitar que o fogo não autorizado adentre. 

Um curso para 75 brigadistas está agendado pela educação ambiental da Sema entre maio e julho, para atender cinco unidades de conservação da região noroeste de Mato Grosso, nos municípios de Colniza, Cotriguaçu e Aripuanã. Entre as unidades estão a Reserva Roosevelt e Parque Estadual Tucumã, que integram o Fundo Amazônia. Outras iniciativas serão discutidas e alinhadas na reunião do Comitê do Fogo. 

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