Mato Grosso registrou 230 denúncias de violência contra a pessoa idosa em 2016, de acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Muitos desses casos passam pela rede pública de saúde a partir do atendimento da vítima em policlínica, posto de saúde, pronto-socorro ou hospital, já que este tipo de violência é de notificação compulsória.
Um dos casos foi o da dona de casa Maria Inês de Almeida, 78, de Rosário Oeste (128 km ao Norte). Ela levou 3 tiros no rosto e o quarto não acertou. Um sobrinho e um neto dela, de 17 anos, foram detidos acusados de matar para roubar R$ 180 dela. Na capital, ano passado também morreu de forma violenta um idoso de 69 anos. Foi encontrado em casa, no bairro 1º de Março, dia 4 de agosto, com marcas na cabeça. Tentou evitar um assalto.
Para chamar a atenção para esta grave situação, foi instituído, em 2006, o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa – 15 de julho.
De acordo com o IBGE, ano passado o número de idosos residentes no Estado era aproximadamente 330 mil, ou seja, 10% da população. A projeção para 2030 é que chegue a 600 mil (17%).
Os municípios com maiores registros são Sinop, com 18,1%, em segundo lugar Juína com 12,1% e empatados estão Guarantã do Norte e Cuiabá com 10,1% dos casos registrados. Os tipos de violências mais frequentes são física com 58% e, em segundo lugar, a violência psicológica com 27,7% dos registros.
Entre os agressores, o desconhecido aparece em primeiro lugar com 21,2%; em segundo o filho com 13,1% e, em terceiro, o cônjuge com 8,1% dos casos.
No período de 2011 a 2015, o Disque 100 da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da Republica (SEDH) registrou 32 mil denúncias de violações de direitos humanos contra as pessoas idosas em forma de negligência, violência psicológica, abuso financeiro-econômico, violência patrimonial, violência física, entre outras violações.