O secretário Estadual de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, informou que os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais serão checados em campo pelas equipes do Estado. “Onde for comprovado o desmatamento ilegal será lavrado o auto de infração. Os números do Deter são alertas para a fiscalização, e nós vamos continuar fiscalizando”. O secretário explica que somados corte raso e degradação ambiental, o Deter apontou que Mato Grosso teve 794Km2 de área desmatada no mês de abril. Para se analisar as imagens de satélite é necessário que a região fotografada esteja com baixa cobertura de nuvens, dando maior visibilidade das áreas analisadas. “Mato Grosso foi o Estado com maior visibilidade neste mês de abril, mais de 80%. O Governo do Estado continuará intensificando a fiscalização ambiental”.
O Inpe deixa claro que o Deter foi concebido em 2004 como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal. É possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra/Aqua e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro CBERS, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.
Para acabar com o desmatamento ilegal, o Governo está cadastrando as propriedades do Estado com imagens por satélite. Mais de 36% do território do Estado já está cadastrado pelo sistema e a Sema continua realizando ações de comando e controle, onde fiscais percorrem as áreas suspeitas e fazem apreensões de maquinários utilizados para o desmate ilegal.
Na próxima quarta-feira (04) será divulgado o boletim Transparência Florestal do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que utiliza o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). “Vamos aguardar este outro dado, mas nossa maior expectativa é os dados do Prodes, que faz a análise anual do desmatamento na Amazônia”, pondera Daldegan