A média de gastos com acidentes nas rodovias federais em Mato Grosso foi de R$ 486,7 milhões em 2014. Desse valor, 37% foram gastos com acidentes que envolveram vítimas fatais. No ano passado, o Estado registrou 4.460 acidentes, com 283 vítimas fatais. No ranking nacional, Mato Grosso aparece na 11ª posição entre os estados com maior número de acidentes e na 12ª posição com o maior número de mortes nas rodovias federais. Os dados são do relatório de Acidentes de Trânsito nas Rodovias Federais brasileiras, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de 2014.
Os custos com acidentes calculados pelo relatório envolvem gastos com despesas hospitalares, atendimento, tratamento de lesões, remoção de vítimas e perda de produção, remoção de veículos, danos aos veículos, perda de carga, atendimento e processos, e danos à propriedade pública e à privada. O estudo aponta que no Brasil foram registrados aproximadamente 170 mil acidentes de trânsito nas rodovias federais e cerca de oito mil pessoas perderam a vida. O custo gerado por esses acidentes chegou ao montante de R$ 12,3 bilhões. Em média, cada acidente custou ao país R$ 72.705,31, sendo que um acidente envolvendo vítima fatal teve um custo médio de R$ 646.762,94.
No país, o estado que registrou o maior número de mortes e também de acidentes foi Minas Gerais com 1.162 mortes e 21.858 acidentes. A Bahia aparece com o segundo maior número de mortes (794) e com 10.388 acidentes. Paraná teve 777 mortes e 17.157 mil acidentes, seguidos de Santa Catarina com 537 mortes e 18.478 acidentes. O Rio de Janeiro teve 533 mortes e 15.389 acidentes.
Para o superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso, Arthur Nogueira, os dados demonstram que o Estado, mesmo com a falta de boas condições nas BRs, tem colaborado para a redução de acidentes com mortes no país. Segundo ele, esse ano a estimativa é de que essa redução possa chegar a 10% até o final de dezembro. “Quando avaliamos as características das vias em Mato Grosso, que não possuem nem mesmo 100 quilômetros duplicados, e comparamos com o número de mortes em outros estados com condições melhores de vias, podemos perceber os avanços”.