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Mato Grosso é o segundo que mais desmata a floresta amazônica

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A degradação florestal em Mato Grosso no mês de outubro corresponde a 90% do total registrado em toda a Amazônia Legal. Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostram que o crescimento em relação ao mesmo período do ano passado é de 1004%. O levantamento ainda coloca o Estado como o segundo do país na taxa de desmatamento, com 23% das áreas suprimidas, perdendo somente para Rondônia que registrou 27% em outubro. Ao todo, foram 244 hectares desmatados no mês passado em todos os oito estados que formam a Amazônia Legal. Baixa fiscalização e deficiência no monitoramento das áreas mato-grossenses são apontadas como razões do aumento no índice negativo.

Embora preocupantes, os números da degradação ambiental na Amazônia Legal não representam a totalidade dos prejuízos causados pelo desmatamento, exploração ilegal e queimadas. Isto porque, de acordo com o Imazon, 28% do território não foi monitorado em virtude da alta presença de nuvens, o que impediu a visualização através dos satélites. Ainda assim, o levantamento mostra um crescimento nas taxas de desmatamento.

Para o coordenador executivo do Instituto Centro de Vida (ICV), Laurent Micol, é lastimável a quantidade de áreas desmatadas em Mato Grosso nos últimos três meses. Segundo dados do Imazon, de agosto a outubro deste ano foram 277 quilômetros quadrados, contra 28 quilômetros quadrados registrados em 2013 no mesmo período. “Em três meses já foi desmatado mais do que o total do ano passado inteiro. Se levarmos em consideração que nem todo o território de Mato Grosso é fiscalizado, esse número é ainda maior”.

De acordo com o ambientalista, em recente reunião com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema/MT) a pasta apresentou algumas informações quanto ao total de fiscalizações realizadas este ano. Segundo ele, até setembro 24 mil hectares foram fiscalizados. Micol dá como exemplo o ano de 2008, quando 250 mil hectares do território do Estado passaram pela fiscalização como prova da falha no setor. “Nada justifica diminuir a fiscalização quando o índice de desmatamento só cresce. Nos últimos anos, além do baixo monitoramento, sofremos também com a falta de informações disponibilizadas pelos órgãos fiscalizadores. Por conta disso, não sabemos de verdade quando está sendo destruído em Mato Grosso”.

Em relação ao índice de degradação florestal, o Estado é responsável por 1.073 mil dos 1.179 mil quilômetros quadrados totais destruídos de agosto a outubro de 2014. Em 2013, foram 94 quilômetros quadrados, o que representou cerca de 63% do total. Segundo o levantamento, dos 10 municípios considerados em situação crítica pelos níveis de desmatamento, três são de Mato Grosso. Localizadas no Norte do Estado, as cidades de Cláudia, Colniza e Gaúcha do Norte tiveram a maior quantidade de áreas removidas. “Já existem projetos em execução no Estado conciliando o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental. Não é preciso desmatar mais para que se produza mais”.

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