Mato Grosso é o Estado com maior percentual de municípios interbiomas, cerca de 45% da área. A constatação é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mato Grosso do Sul tem 41%, São Paulo, 34%, Sergipe, 31% e Rio Grande do Sul, 28%.
O estudo, divulgado hoje, menciona que, embora a Amazônia seja o bioma com maior área no território nacional, a Mata Atlântica é predominante no maior número de municípios do país. Esse é um dos dados apresentados pela publicação “Bioma predominante por município para fins estatísticos” e define que municípios interbiomas, ou seja, localizados em mais de um bioma, serão classificados de acordo com o bioma que representa maior percentual em sua área territorial, quando houver agregação de dados municipais por esse recorte natural.
“Essa lista tem como objetivo disponibilizar para o usuário a maneira pela qual o IBGE vai fazer a agregação de dados por bioma em pesquisas que tenham os municípios como unidade de investigação. Isso porque existem municípios que estão situados em mais de um bioma – os interbiomas – e a gente precisa definir qual critério usar no caso da divulgação das estatísticas”, explica o geógrafo da Coordenação de Meio Ambiente do IBGE, André Assumpção. O uso do termo interbiomas tem o objetivo de identificar os municípios por onde passa a linha do limite entre os biomas, que é estabelecida de forma técnica, de acordo com características naturais da paisagem. “No entanto, a transição entre biomas ocorre de maneira gradual e há mais municípios além desses interbiomas que se situam nessas áreas de contato, ou seja, áreas de transição entre biomas”, ressalta.
Cerca de 17% dos municípios do país são considerados interbiomas, um total de 963. Em Mato Grosso, apenas Cáceres (230 km a Oeste de Cuiabá) que está inserido nos três biomas. Os demais 959 estão em dois biomas, e a maior parte deles, em números absolutos, está localizada, além de em São Paulo (220), em Minas Gerais (167), Rio Grande do Sul (141), Bahia (89) e Mato Grosso (64), conclui o IBGE.
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