Mato Grosso caiu para o 3º no ranking dos Estados que mais fizeram derrubadas de florestas, mês passado. Foram 7km², aponta o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Os dados foram divulgados pela organização não governamental Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mas não são finais porque, devido a cobertura de nuvens, os dados podem estar subestimados. Foi possível observar apenas 12% da Amazônia Legal. Em estados como Pará, Amazonas e Mato Grosso, as nuvens cobriram 90% do território.
Rondônia liderou com 36 km² de floresta derrubadas e Pará ficou sem 19 km² de florestas. Além do corte raso (desmatamento total), o levantamento do Imazon também mede a degradação florestal, que considera florestas intensamente exploradas por atividade madeireira ou atingidas por queimadas. Em fevereiro, a degradação avançou 113 km², área 14% maior que a registrada no mesmo mês de 2010, de 99 km². O estado com maior área degradada no período foi Rondônia, com quase 74% do total registrado.
O Imazon estima que o desmatamento em fevereiro provocou a emissão de 4,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente – medida que considera todos os gases de efeito estufa.
O monitoramento oficial do desmatamento da Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No período crítico de chuvas na região, que vai de dezembro a março, o instituto não divulga relatórios mensais.