Investigadores da Polícia Civil e funcionários de duas autarquias estaduais estão com as atividades paralisadas. Os servidores públicos reivindicam reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Dos 85 mil funcionários públicos, 2,2 mil estão em greve, motivados principalmente pelas baixas remunerações.
No caso dos trabalhadores do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) a paralisação começou ontem e terminará amanhã. Eles alegam que o PCCS atual foi aprovado em 2000, há oito anos atrás, e está defasado.
A falta de efetivo também é um problema comum aos grevista. As instituições agropecuárias
tiveram o aumento de 218 vagas com a lei 8.894, de 17 de junho 2008. O número de vagas é considerado pouco para o sindicato. Para atender a demanda, a entidade defende que são necessários cerca de 1 mil fiscais.
Para o Sindicato dos Investigadores e Agentes Prisionais do Estado de Mato Grosso (Siagespoc), a questão salarial é a mais urgente. A remuneração dos investigadores mato-grossenses é a menor do Centro-Oeste, onde a média é R$ 2,6 mil. O valor proposto pela classe é de R$ 2,4 mil para os salários iniciais.
A categoria fará uma reunião hoje, na sede do Siagespoc, às 9h, para fazer o balanço da greve e decidir se a paralisação continua ou não.
Outro lado – A Secretaria de Estado de Administração (Sad) informou, por meio da assessoria de imprensa, que não negociará enquanto os servidores estiverem em greve.