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Marcada para esse mês audiência de acusada de mandar marido e amante em Sinop

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Só Notícias/Débora Lobo (foto: Só Notícias/Diego Oliveira/arquivo)

Foi marcada para o dia 30 deste mês, a audiência de instrução para início do processo de julgamento de Cléia Rosa dos Santos, de 34 anos, acusada de mandar matar o marido, Jandirlei Alves Bueno, de 39 anos, em 2016, no Jardim Florença, durante simulação de suposto latrocínio (roubo seguido de morte), que teria sido executado pelo homem apontado como amante dela, que posteriormente, foi assassinado a mando da acusada.

Durante a sessão, serão realizados os interrogatórios dos acusados de envolvimento nas duas mortes, além de testemunhas.

Cléia está presa na cadeia feminina de Nortelândia, desde março deste ano, quando os crimes foram descobertos pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). No começo desse mês, ela teve o pedido de prisão domiciliar negado pela 1ª Vara Criminal de Sinop.

Em maio, a Justiça Criminal acatou a denúncia proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra a maquiadora, que passou a responder por homicídio qualificado supostamente cometido por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, em relação ao assassinato de Jandirlei. Já pela morte de Adriano, Cleia foi denunciada por assassinato supostamente cometido por meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime (no caso, a morte de Jandirlei).

José Graciliano e Adriano, que segundo a denúncia, mataram Jardirlei a mando de Cléia, respondem pelo homicídio de Gino, supostamente cometido mediante promessa de recompensa, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O trio também foi denunciado por ocultação de cadáver em relação à morte de Adriano Gino.

Os dois homens levaram os investigadores até o local onde o corpo de Gino foi enterrado, em uma área de mata, na estrada Alzira. Ele estava desaparecido desde o dia 23 de dezembro do ano passado. Na mesma vala, foi encontrada a motocicleta da vítima.

Jandirlei foi esfaqueado na residência do casal, no Jardim Florença, durante simulação de suposto latrocínio (roubo seguido de morte), que teria sido executado, segundo a polícia, pelo amante de Cléia. O marido da maquiadora foi atingido por dois golpes de faca, em outubro de 2016, e ficou internado por quase dois meses, porém, acabou falecendo. Na data do crime a mulher contou à polícia que estava em casa, na companhia do esposo, quando foram rendidos por dois assaltantes. Na versão contada, Jandirlei teria reagido e sido esfaqueado.

Na época que o crime foi desvendado, o delegado Ugo Reck disse que a família de Jandirlei já desconfiava da mulher, mas que, na época, não foram reunidas provas contra ela. Com o sumiço de Gino, as investigações foram retomadas. “Outra equipe voltou a investigação e descobriu que ela estava se relacionando com o amante, suspeito de matar o marido dela. Então, descobrimos que ele também estava morto. Os dois crimes foram motivados por brigas fúteis entre amante e marido. Em relação a morte do marido, (ela) se mostrou um pouco arrependida. Já o outro crime (amante) disse que faria de novo”, declarou.

Os dois acusados de matar Adriano contaram como o crime ocorreu. “Ela primeiro ofereceu R$ 5 mil, depois ofereceu um carro GM Prisma e nós aceitamos. Ela levou o amante até a casa dela, dopou com comprimidos e nós matamos com golpes de enxada. Depois colocamos no carro e escondemos o corpo”, disse.

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