Um ano depois dos protestos contra os cortes nos recursos da educação, os movimentos sociais furaram a quarentena para protestar contra o que chamam de escalada fascista do governo Jair Bolsonaro. Segundo a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas participaram das manifestações na capital.
O protesto foi marcado via redes sociais e teve a concentração na Praça Alencastro. Depois seguiu pelas ruas do centro da cidade. Os manifestantes empunhavam faixas e cartazes pedindo o fim do racismo e cobrando Justiça para o caso Miguel (menino morto pela polícia no Rio de Janeiro) e lembraram as últimas palavras de George Floyd (morto pela polícia norte-americana): “Eu não consigo respirar”.
Em outro momento, os manifestantes deitaram no chão para lembrar dos negros que sofrem repressão policial no Brasil e no mundo, o gesto tem sido repetido nos protestos contra o racismo. Uma das organizadoras da manifestação, Analu Mello Ferreira, disse que a pandemia da covid-19 afastou a população de participar presencialmente da manifestação.
“Eles se aproveitam do fato da gente não poder estar nas ruas para fazer o que quiser sem nenhuma oposição. As pessoas estão lutando e é um sacrifício conseguir uma ajuda de R$ 600 mensais. Não importa o quanto a gente consiga subir hashtags no Twitter, isso é válido, mas tem que estar nas ruas”, disse.
Os organizadores disseram que o ato foi apenas o primeiro e que novas manifestações devem acontecer nos próximos dias, seguindo os atos que acontecem nos Estados Unidos contra o racismo e em outros estados do Brasil.