Os manifestantes do Movimento Trabalhadores dos Sem Terra (MST) fizeram breve parada no gramado em frente ao Congresso Nacional antes de seguirem de volta ao Ginásio Nilson Nelson, onde estão reunidos. A Polícia Militar fez um cordão de isolamento do prédio, mas não houve confronto e a marcha permaneceu apenas alguns minutos no gramado.
Mais cedo, os manifestantes desceram a Esplanada dos Ministérios e ocuparam a Praça dos Três Poderes antes de ocupar o quadrilátero em frente ao Parlamento. Quando chegaram à praça houve confronto com a PM. Os manifestantes derrubaram as grades laterais do Congresso e avançaram em direção ao prédio. A Polícia Militar reagiu e houve confronto. Pelo menos um trabalhador do MST foi agredido e outro foi preso por agredir um PM. O MST reagiu jogando pedaços de paus e pedras e a polícia respondeu com bombas de gás.
Segundo o primeiro-tentente da PM, Mikhail Muniz, o protesto reúne 15 mil manifestantes e 12 polícias ficaram feridos no confronto e foram encaminhados para atendimento médico.
Os sem terra estão em Brasília para participar do Congresso Nacional do MST, que começou segunda-feira (10) e vai até sexta (14), com a presença de mais de 15 mil trabalhadores de 23 estados e 250 convidados internacionais. Entre os objetivos do encontro estão um balanço da atual situação do movimento, a discussão de novas formas de luta pela terra, pela reforma agrária e por transformações sociais. Também são discutidos o papel político dos assentamentos e a participação da mulher e dos jovens no movimento. O protesto de hoje é uma marcha com o objetivo de cobrar mais rapidez na reforma agrária no Brasil.