Organizado por movimentos sociais e sindicais, especialmente pela Central Única dos Trabalhadores, a manifestação “Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações”, que aconteceu, hoje, em Cuiabá, reúniu cerca de 2 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. A pauta de reivindicações é extensa, como explicou a secretária de Formação da CUT, Vânia Miranda, que cita a redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução salarial, a reforma agrária, o fim do fator previdenciário, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para Educação, 10% do orçamento da União para a saúde, transporte público de qualidade, valorização das aposentadorias, fim dos leilões de petróleo, contra o PL 4330 sobre a terceirização, a reforma política e a reforma urbana.
Em movimentação nacional, todos os trabalhadores e população foram convocados para integrar o grupo de manifestantes. “Exigimos do governo e do Congresso Nacional medidas para aprovar e por em prática as nossas reivindicações que constam da pauta trabalhista. Trabalhamos por um Brasil melhor, com desenvolvimento, valorização do trabalho, distribuição de renda e justiça social”, diz trecho de panfleto explicativo sobre a mobilização.
Os manifestantes também pedem pelo fim do atual modelo de gestão da saúde pública, as Organizações Sociais de Saúde (OSS), e o fim da corrupção.
A Polícia Federal também integra o movimento, pedindo reestruturação salarial, já que há seis anos, não há reajuste ou aumento no salário. Assessor de comunicação e policial federal, Paulo Gomes, ressalta que o governo federal não tem dado o respaldo à PF, sendo que entre as reivindicações, constam mais recursos para realizarem operações contra a corrupção, e não só contra o tráfico de drogas.
Marcos Gonçalves, físico da UFMT e que atua no Departamento de Trânsito (Detran), reivindica por mais atenção do governo ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), pois os valores oferecidos em concurso para atuar no setor, são tão baixos, que os concursados não querem assumir a vaga.
A manifestação é reflexo das séries de mobilizações que tem ocorrido em todo o país, ao longo do último mês, e pedem, principalmente, por mais qualidade no serviço público.
A concentração da manifestação aconteceu na Praça 8 de Abril. Os manifestantes percorreram as principais avenidas até a Praça Alencastro, em frente à Prefeitura de Cuiabá. Participaram do movimento representantes da CUT, do Movimento dos Sem Terra (MST), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Força Sindical, Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf), Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência (Sindisprev), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), bem como a Polícia Federal e a juventude dos PT e PCdoB.
(Atualizada às 20h35)