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“Maníaco da Lanterna” vai a júri na próxima semana em Alta Floresta

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Cláudio de Souza, 46 anos, conhecido nacionalmente como “Maníaco da Lanterna”, irá novamente enfrentar o banco dos réus na próxima semana. O julgamento do caso do homicídio de Geyle Cristina da Silva Vieira, ocorrido no dia 19 de dezembro, em Alta Floresta, está previsto para sexta-feira (25).

A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) aponta que Cláudio conhecia Geyle. Eles teriam se encontrado no bairro Jardim das Flores, onde ingeriram bebidas alcoólicas juntos, em um bar. Segundo a denúncia, Geyle teria uma suposta dívida com o acusado. Por este motivo, ele teria obrigado ela a caminhar até uma estrada, onde, com uma espingarda calibre 20, teria a assassinado. Em seguida, usando um “enxadão que havia deixado naquelas proximidades” enterrou o corpo.

Este mês, no dia 28, Cláudio também irá a julgamento pela morte de Maria Célia da Silva Santos, em fevereiro de 2005, em Alta Floresta. O suspeito responderá por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

Maria Célia desapareceu no dia 8 de fevereiro, e foi vista pela última vez no estádio Jair Mariano. Uma testemunha (um rapaz) relatou que conhecia a vítima há quatro anos e a encontrou em um baile de carnaval. Ele contou que foi até o estádio, onde manteve relações sexuais com Maria. Quando se preparavam para ir embora, perceberam que o short dela havia sumido. Ele então teria retornado para o baile, para pegar um celular. No local, encontrou um primo que se prontificou a ir até o estádio prestar ajuda. No entanto, ao retornar, não encontrou Maria e foi embora.

A testemunha informou que ficou sabendo do desaparecimento somente no dia seguinte, após o irmão da vítima o procurar perguntando por ela. Ao ouvir proprietários de um estabelecimento comercial localizado perto do estádio, a Polícia Civil descobriu que Cláudio havia sido visto no local na noite do crime. Uma bolsa que pertencia ao criminoso (cabelos deles foram localizados no objeto) ainda foi achada em um matagal nas proximidades.

Ao confessar o crime, em julho de 2008, Cláudio alegou que deu uma carona de bicicleta para Maria Célia. Segundo ele, a vítima percebeu a espingarda que estava em sua cintura e começou a fazer questionamentos. Por medo de ser denunciado, confessou que atirou no peito dela e a enterrou em uma área perto da Primeira Leste.

Em agosto de 2017, conforme Só Notícias já informou, Cláudio foi considerado culpado pelo duplo homicídio de Liania de Souza Alves e Antônio Batista de Souza Filho. As vítimas foram mortas a tiros e os corpos encontrados em julho de 2006. A sentença de 25 anos de prisão em regime fechado foi fixada pelo juiz Douglas Bernardes Romão.

Douglas Bernardes também pronunciou Cláudio, ainda no ano passado, pelo assassinato de Sirlene Ferreira de Souza. O crime ocorreu em julho de 2003, em uma residência, no bairro São José Operário. Consta no processo que “Peninha”, como também era conhecido, teria discutido com a vítima e, em seguida, a matou com um tiro de espingarda na cabeça. Pelo crime, Cláudio teve outra prisão preventiva cumprida.

Em outubro de 2016, o “maníaco da lanterna” foi condenado pelo juiz a mais 27 anos de prisão pelo latrocínio do guarda noturno Armandio da Silveira, ocorrido em 8 de dezembro de 2001, no pátio de uma madeireira na vicinal 2ª Leste, em Alta Floresta. As investigações apontaram que Cláudio se aproximou e desferiu vários golpes com um pedaço de madeira na cabeça da vítima, que estava sentada. O objetivo do crime, segundo consta no processo, era roubar um revólver calibre 38, utilizado por Armandio.

Cláudio de Souza foi preso em 2005, mas conseguiu fugir. Ele foi recapturado meses depois e, desde então, está no presídio Osvaldo Florentino Leite, o  “Ferrugem”, em Sinop, onde cumpre mais de 80 anos de pena. Ele é acusado de assassinar 11 pessoas e também responde por acusações de estupro.

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