O presidente da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Jurandir Bóia Rocha, disse hoje, em Mato Grosso, que a maioria dos acidentes de trabalho ocorre na construção civil. De acordo com ele, o cenário preocupa, devendo haver a adoção de medidas para conter os riscos e garantir a segurança do empregado.
“As estatísticas já foram piores mas há muito a ser melhorado”, declarou. Representantes do setor compartilham da opinião de Rocha. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário, Eder Pessine, nas cinco cidades onde a entidade atua a construção civil também absorve grande parte dos acidentes.
Pessine disse que não há uma estatística oficial que revele a situação entre Sinop, Cláudia, Itaúba, Santa Carmem, União do Sul devido a outro fator: a informalidade. “Temos um elevado número de acidentes e um problema na saúde operacional, falta de atenção com a ergonomia, normas que não são respeitadas. A maior preocupação é a informalidade. É muita gente sem registros”, falou, ao Só Notícias.
Conforme o presidente, a informalidade pode ocultar o real número de ocorrências porque trabalhadores sem carteira assinada não entram nas estatísticas do governo federal.
De maneira geral, em Mato Grosso foram registrados 43.791 mil acidentes de trabalho entre 2002 e 2007. 865 pessoas morreram, conforme dados da Previdência Social.