O levantamento realizado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), aponta que, apesar do aumento nos registros de roubos e furtos contra instituições financeiras, neste ano, em mais de 85% das ocorrências os criminosos não alcançaram êxito em levar dinheiro das agências.
Neste ano, das 99 ocorrências de furto com arrombamento, em apenas 14 dos registros os criminosos conseguiram acessar os cofres e pegar o dinheiro. Em outras ocorrências, os bandidos levaram armas, munições e coletes balísticos, que ficam guardados dentro das agências, para uso dos vigilantes durante o expediente. Por conta disso, as ocorrências também são contabilizadas como consumadas, pelo fato de terem levado objetos, mas não o dinheiro.
Já os registros de arrombamento a caixas eletrônicos (quando o objetivo dos criminosos é dinheiro das gavetas dos terminais de autoatendimento) somam 11 tentativas (sem êxito) e 3 consumados. Os roubos tiveram 4 registros.
De acordo com a Polícia Civil, os roubos e furtos a bancos, sejam eles consumados ou tentados, são classificados em três modalidades investigativas: furto mediante rompimento de obstáculo, por meio de cavidade (abertura na parede), roubo a banco (com restrição de liberdade da vítima) e arrombamentos a caixas eletrônicos.
Ainda segundo a polícia, há cerca de dois anos, a modalidade mais observada tem sido os furtos, praticados pelos criminosos que deixam danos materiais nas instituições, com a quebra de paredes e equipamentos, e em muitos casos deixa a população sem atendimento na unidade bancária.
Para o delegado Diogo Santana, os integrantes das associações criminosas que agem contras as instituições financeiras são “aventureiros”. “Na ilusão de conseguir dinheiro fácil, se arriscam nessa modalidade criminosa, mas que na maioria das vezes não obtém sucesso no resultado pretendido”, disse.
O delegado asseverou que os assaltantes que não são presos em flagrante, ao tempo da prática do crime, são todos identificados na investigação criminal e responsabilizados criminalmente, a exemplos das prisões ocorridas nas operações Camaleão desencadeada em maio desse ano, e a Vendaval, realizada este mês, ambas deflagradas neste ano pela Gerência de Combate ao Crime Organizado para desarticular associações criminosas ligadas furtos e roubos de bancos no Estado de Mato Grosso.