A surucucu ou surucucu-pico-de-jaca (lachesis muta) foi encontrada por moradores em área de passeio público, ontem à tarde, na avenida Ariosto da Riva Neto, na região central. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve registro de ataques ocasionados pelo contato direto com o animal. Consta, no registro, que o réptil estava nas proximidades da via e devido ao risco de atropelamento ou incidentes envolvendo outros pedestres, os militares foram acionados para a captura. Foram utilizados equipamentos convencionais como gancho e pinça de manejo.
Após avaliação rápida, foi verificado que a cobra estava em condições saudáveis. Posteriormente, foi colocada em tambor adaptado para transporte de ofídios e encaminhada para área de mata ciliar (situada próximo a córregos), onde foi feita a soltura sem maiores complicações.
A pico-de-jaca, de acordo com o Instituto Butantan, é conhecida pelo posto de maior serpente peçonhenta da América Latina e a segunda maior do mundo, podendo alcançar mais de 3 metros de comprimento.
Atualmente, ela fica atrás apenas da cobra-rei (ophiophagus hannah). A instituição destacou que a espécie é a única de seu gênero no Brasil, sendo que além do Mato Grosso, também pode ser encontrada em grande parte da Amazônia, nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia e Roraima, assim como a zona norte da Mata Atlântica, entre os estados do Ceará e o Rio de Janeiro. Sua alimentação se baseia exclusivamente em mamíferos, em geral pequenos e médios roedores.
A organização ainda salientou que a surucucu é igualmente a única cobra ovípara de viperídeo em todo o país. As fêmeas depositam seus ovos em buracos de troncos caídos, no fundo de raízes emaranhadas ou em tocas feitas no solo por mamíferos. No momento do nascimento, os filhotes rompem a casca dos ovos utilizando o seu “dente do ovo”, um minúsculo dentículo no lábio que é utilizado para cortar a casca.
Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.