Desde o início do ano letivo faltam professores na creche do Camping Clube. Esta foi a denúncia enviada por mães de alunos ao Só Notícias. Uma delas disse que, por causa da demora para iniciar o ano letivo na unidade educacional, é obrigada a “deixar o filho com minha mãe. Sempre ligo na Secretaria de Educação e dizem que estão chamando professores, mas ninguém assume. Nunca se resolve o problema. É difícil a situação das mães que precisam trabalhar”, reclamou.
A denúncia também foi enviada ao Ministério Público Estadual e o promotor Nilton Padovan, que acompanha a situação desde março, instaurou um inquérito civil para averiguar o porquê da falta de professores. Consta no procedimento que, no início, seriam mais de 300 crianças sem ir a creche.
Notificada, a Secretaria de Educação respondeu dizendo que convocou 152 professores, dos quais, apenas 115 assumiram, “havendo convocação de mais profissionais, os quais ainda estão no prazo para assumirem a nomeação”. Segundo a secretaria, apenas dois profissionais tiveram interesse em assumir as aulas no Camping Clube e, diante disso, a instituição, que precisa de mais seis professores, “está no aguardo de manifestação dos demais convocados”.
Conforme Só Notícias já informou, a prefeitura fez concurso e homologou os aprovados no começo deste mês, entretanto, não confirmou se já iniciou a convocação dos profissionais. A secretaria de Educação, Gisele Faria de Oliveira, foi procurada para comentar o assunto e ficou de retornar a ligação, o que não aconteceu até o fechamento desta matéria.
Em março, quando as mães começaram a denunciar a situação, a gestora havia afirmado que tentaria pedir contratação esporádica ao controle interno da prefeitura. “Existem pessoas que moram no local e gostariam de trabalhar, mas a gente não pode passar por cima do teste seletivo, pois não haveria legalidade. Se ninguém que foi aprovado quiser trabalhar lá, a nossa intenção é contratar estas pessoas que já moram no Camping, caso a gente consiga a autorização do controle interno”, afirmou, na época.
Ela havia explicado ainda que o problema se repete há vários anos, uma vez que os profissionais alegam que a creche fica em um bairro muito distante. Não foi informada a quantidade de estudantes da unidade.