O juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva proferiu ontem a sentença de mais 4 envolvidos na Operação Curupira, desencadeada em Mato Grosso no ano passado e que desmantelou um grupo que praticava crimes ambientais como desmate ilegal.
As sentenças de todos os envolvidos somam 31 anos de reclusão, além do pagamento de multa. Os crimes variam de corrupção ativa e passiva, estelionato, peculato a falsificação de documento. Segundo decisão do juiz, o despachante Elvis Cleber Portela. foi condenado a 13 anos de reclusão e pagamento de 120 dias multa por corrupção ativa continuada, estelionato qualificado continuado, peculato e furto. Outro despachante, Marcos Pontes Xavier, foi condenado a 9 anos de reclusão e 90 dias multa.
O ex-chefe da Divisão de Controle e Fiscalização (Dicof) do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marcos Pinto Gomes, foi condenado a 3 anos de reclusão e 26 dias de multa por corrupção passiva. Gomes é acusado de administrar o esquema que funcionava no Trevo do Lagarto, facilitando a passagem de madeira com falsas Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs).
O empresário madeireiro Daniel Tenório Cavalcante, que residia com a família em Sinop e possuía uma madeireira em Marcelândia, foi condenado a 5 anos e 6 meses de reclusão e 35 dias multa por corrupção ativa continuada e estelionato qualificado continuado. Ele teria admitido, durante interrogatório, ter pago propinas mensais a um fiscal do Ibama para liberar carretas apreendidas no trevo. Até agora, sete processos da Operação Curupira já foram julgados pela Justiça Federal.