O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta sexta-feira à noite, em Lucas do Rio Verde, disse que a crise do milho deste ano é mais aguda que anteriormente devido a dois fatores adicionais: suspensão dos leilões devido as fraudes e falta de recursos para continuidade dos leilões. Na terça-feira, ele estará reunido com os ministros da Fazenda, Guido Mantega e do Planejamento, Paulo Bernardo, para buscar uma solução emergencial. Em Mato Grosso, há milhares de toneladas que precisam ser escoadas para dar lugar a safrinha que está sendo colhida. “Espero que que saia uma decisão positivo porque os leilões precisam continuar. Espero que o impasse para continuarmos com os leilões sejam resolvidos já na terça-feira”, declarou, Stepahnes, em entrevista ao Só Notícias.
Leia mais notícias da Expolucas clicando aqui
No primeiro leilão de milho feito em Mato Grosso, mês passado, houve deságios de 38,5% para o produto região Norte (prêmio máximo de R$ 5,46 e prêmio final de R$ 3,36) de 38% para o Médio-Norte.
O ministro disse que só os leilões não resolverão o problema a médio prazo. “Temos que achar formas de praticar a armazenagem quanto de escoamento da produção desta região. Uma das saídas que vejo é o escoamento da safra via BR-163 no porto de Santarém (PA) e também da Hidrovia Teles Pires-Tapajós (ligando o Nortão também ao porto paraense). Espero que até o final do ano, possamos ter uma decisão para iniciar esta hidrovia. Mas até que esteja em funcionamento, com as obras feitas, leva 4 ou 5 ano”, declarou. “É um processo demorado, que deve ser enfrentado. Enquanto isso, temos que continuar com as medidas de sustentação da comercialização que não têm a eficiência que nós teríamos se tivéssemos uma melhor estrutura de escoamento da produção organizada”, emendou.
Em Mato Grosso, serão colhidas cerca de 5,5 milhões e precisam ser escoadas 2,5 milhões de toneladas que correspondem ao excedente.