A promotora em Lucas do Rio Verde, Fernanda Pawelec, informou que pretende ajuizar, mês que vem, uma ação civil pública contra a operadora de telefonia celular Vivo devido aos inúmeros problemas que centenas de usuários enfrentam – ligações que não se completam, interferências no sinal, instabilidade no sistema 3G, dentre outras. “Aqueles que ainda não formalizaram sua reclamação, ainda podem fazê-lo. Deixamos formulários na prefeitura, na promotoria, procon, OAB e defensoria pública para que todos possam participar”, disse a promotora, após audiência pública, ontem à noite, na câmara municipal
O vice-prefeito. Miguel Vaz, disse que "todos aqui estamos vivendo este problema diariamente. Temos que reclamar o que nos é de direito para recebermos o oferecido. Afinal, nada é de graça. Além disso, estamos falando de um serviço essencial nos dias de hoje, que é a telefonia celular”, criticou o gestor, através da assessoria.
O deputado estadual Dilmar Dal Bosco, vice presidente da CPI da Telefonia, disse que a comissão vem verificando as condições da telefonia móvel em todo estado. A principal questão é o fato das tecnologias telefônicas estarem cada vez mais avançadas, com a utilização de internet e aplicativos a partir dela, e a estrutura necessária não acompanhar este desenvolvimento. Dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Mato Grosso fechou 2013 com mais de 4,5 milhões de telefones móveis ativos enquanto o número de habitantes é de 3,2 milhões. “A partir de todo trabalho que viemos desenvolvendo na comissão, vejo o quão importante é esta audiência pública, para dar voz à população. Verificamos que na maioria dos casos, no estado, a estrutura de atendimento não é suficiente à demanda das operadoras. Aqui em Lucas, a Vivo S/A, em especial”, destacou, o deputado.
Outra critica dos participantes da audiência foi ao atendimento na central da operadora e e da Anatel. O diretor comercial da de uma empresa, José Henrique Hasse, relatou que são dezenas de tentativas para solucionar os problemas e ficam passando a responsabilidade de um para outro. “Fazemos a reclamação à Anatel, daí a agência nos repassa para a Vivo S/A. Em seguida, após muita insistência, a operadora nos retorna questionando o que há de errado, diz que vai verificar e no final das contas, nada é feito. Mas a nossa conta chega”, relatou, indignado.
O defensor público, Diogo Horita salientou ainda que, mesmo participando desta sentença coletiva, os usuários não são impedidos de entrarem com a sua ação individual no Procon. “Seja por cobrança indevida, seja por entrega de um mau serviço, o consumidor tem todo direito de fazer valer seus direitos”, ratificou, o defensor público.
A câmara municipal também tem recebido cobranças de moradores e tem reivindicado da operadora e Anatel soluções emergenciais.