Sojicultores de Mato Grosso aguardam o término do vazio sanitário (quando o plantio da soja fica proibido como forma de evitar a proliferação da ferrugem asiática) no próximo dia 15 para iniciarem a semeadura da próxima safra no Estado. As regiões de Lucas do Rio Verde e Sapezal devem sair na frente e iniciar o cultivo do novo ciclo. As chuvas dos últimos dias, inesperadas e precoces, já estão desempenhando papel fundamental para garantir a umidade ideal para o solo.
No município do Médio-Norte mato-grossense foram destinados à soja na última safra em torno de 240 mil hectares. Esta região respondeu por 40,7% de toda área plantada com a cultura na safra 2008/09 da oleaginosa. O Sudeste ficou com o segundo maior percentual: 23,2%.
Já no Oeste foram 15,7% do total existente em Mato Grosso. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola e Agropecuário (Imea), a participação do Nordeste no cultivo do produto foi de 7,9%. No tocante a produtividade, conforme as estimativas do instituto, somente no Médio-Norte (agosto), presumia-se alcançar 3.092 quilos por hectare.
Falando do quesito mercado Imea cita que “os produtores ficaram atônitos com as recentes quedas de preço apontadas para o mercado futuro em Chicago, para a safra disponível nos armazéns de Mato Grosso”. O levantamento descreve ainda que “isso tem poucas implicações, já que restam menos de 3% do total produzido para ser comercializado. Já para a safra nova o reflexo é mais complexo uma vez que os preços para entrega em fevereiro e março de 2010 registraram fortes quedas”, elenca a análise.