A situação denunciada na semana passada, pela CPI do Sistema Carcerário em alguns presídios de Mato Grosso, também é realidade em Lucas do Rio Verde. A cadeia do município está superlotada, com mais do dobro da capacidade. Só Notícias apurou que são 132, sendo 18 albergados, nas celas onde deveriam estar 48. Devido a falta de espaço, alguns detentos estão dormindo no banheiro. A situação foi relatada, ao Só Notícias, pelo diretor Lauro André Braga, que está há 40 dias comandando a unidade.
Segundo ele, apesar da superlotação, alguns presos que haviam sido transferidos para o presídio Ferrugem, em Sinop, estão sendo recambiados novamente para Lucas, já que estariam de forma irregular. Só podem ser transferidos os que já foram condenados. “Já vieram seis mulheres e agora mais cinco homens”, acrescentou. Em uma cela, estão 21 mulheres.
Presos de Tapurah, Ipiranga do Norte e Itanhagá, que ainda não possuem uma cadeia, também são levados para a unidade. A segurança é feita por 8 agentes, que se revezam em plantões, sendo 2 em cada, além do auxílio de policiais militares. Nas últimas semanas, foi flagrada uma tentativa de fuga. As grades de uma cela tinham sido cerradas, mas foi evitada durante revistas dos agentes.
O problema deve ser resolvido com a construção da nova cadeia em Lucas do Rio Verde, que ainda não saiu do papel. O convênio já foi assinado entre o município e Estado. A prefeitura doou a área, e, segundo o diretor, a planta já está pronta.
O prefeito Marino Franz cobrou um posicionamento da Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e confirmou a construção de duas novas alas para abrigar as mulheres, enquanto não sai a nova sede.
(Atualizada às 09:20hs)