Os investimentos para ampliar o muro, instalar cerca elétrica na área em que os detentos tomam banho de sol e na conclusão de duas celas (ainda faltam ser feitas as camas e instalação elétrica) já chegam a R$70 mil segundo o diretor da cadeia, Mauro André Braga. Ele explicou ao Só Notícias que os recursos são provientes de doações de empresários locais e de parceria com a prefeitura e conselho da comunidade para as obras emergências, planejadas há cerca de 30 dias, após o Ministério Público constatar superlotação, falta de ventilação e má infra-estrutura.
Segundo o diretor, mais mudanças devem ocorrer já que R$40 mil, em materiais para construção, foram garantidos pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, (Sejusp) recentemente, e serão usados na construção de sala de aulas para os detentos, reservatório de água, mudança na rede elétrica, reforma em banheiros, portas e pintura. Porém, não está confirmado quando a ‘2ª etapa’ deve começar.
Mesmo com os avanços, Mauro explica que a cadeia ainda sofre, principalmente com superlotação. “5 presos já foram transferidos para Rondonópolis, Sinop, Cáceres, duas reeduncandas que estão na cadeia devem ser recambiadas para Cuiabá, mas a medida que saem, chegam outros”, explicou o diretor, acrescentando que atualmente há 122 presos, incluindo os com regime semi-aberto (que passam a noite presos), da cidade e também de Tapurah, entretanto a cadeia tem capacidade para atender somente 48 pessoas.
O diretor considera que, com as atuais condições da cadeia, considera “normal” as tentativas de fugas. Neste ano, houve uma rebelião, fuga de 6 presos e outra tentativa.