A decisão do júri popular foi anunciada, agora há pouco, no fórum de Lucas do Rio Verde. Os jurados acataram a argumentação de que Santo Martinello estuprou e matou, em 2001, a garotinha Alexia Lodi Aragão, que tinha 6 anos. A defesa do réu, feita pelos advogados Cláudio Alves Pereira e Luiz Fernando Aranda, que vou recorrer da decisão.
Durante a leitura da sentença, o juiz Hugo de Freitas, que presidiu o júri, determinou que todas as forças de segurança se mobilizem para prender o agora condenado. O julgamento ocorreu sem a sua presença, já que está foragido há mais de dez anos. Seu nome consta na lista de procurados da Interpol.
Santo ficou preso por alguns meses, após o crime, depois foi colocado em liberdade. No entanto, a justiça voltou a decretar sua prisão. Porém, desde então, nunca mais foi localizado.
No sorteio dos jurados foram escolhidos sete homens. Como o réu não estava presente, foi feita leitura da acusação. O promotor Caio Loureiro pediu a condenação apontando as provas, laudos e o trabalho de investigação da polícia. O promotor apresentou os depoimentos de uma amante do acusado que, três dias após o crime, teria a encontrado com arranhões no braço e no peito, além de uma lesão no pênis. Ele mostrou provas que o horário do crime é o mesmo que o acusado foi visto na casa onde a menina foi morta. "Foi feito julgamento justo do que foi apresentado. Louvo a Deus que na sua soberania permissa, permitiu ao povo julgar os crimes mais graves que existe na sociedade. A justiça é feita e não se compactua com criminalidade e impunidade", disse Loureiro.
Ontem, em entrevista ao Só Notícias, o advogado Cláudio Alves disse que o "resultado do DNA foi feito para satisfazer interesses pessoais. Jamais tivemos algo conclusivo que possa afirmar, com certeza, que Santo é o autor do delito. Tem mais de quatro suspeitos para a prática desse crime".
O assassinato teve repercussão nacional.
(Atualizada às 10:25h em 11/11)