Os efeitos sociais causados por uma companhia de alimentos que está há mais de 4 anos operando em Lucas do Rio Verde foram debatidos, esta tarde, em audiência pública, onde estiveram o prefeito Otaviano Pivetta, o presidente da câmara, Airton Callai, o desembargador da Justiça do Trabalho, Edson Bueno de Souza, diretores da BRF, da OAB e representantes de entidades. O desembargador disse que o encontro é uma das iniciativas da justiça com o objetivo de reunir as partes e buscar soluções para o problema. “A nossa filosofia não é criar mais uma vara para dar conta do crescimento no número de processos, a ideia é descobrir as causas e buscar soluções para o problema”, expôs.
Entre os problemas levantados estão o falta de critérios da empresa durante o processo de contratação de colaboradores e crescimento no número de ações trabalhistas, que de 2011 para 2013, aumentou cerca de 400%. Como a cidade atraiu moradores de vários Estados para trabalhar na indústria, também foi apontado aumento nos índices de violência e das demandas por educação, saúde e habitação também foram lembrados durante a audiência. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que em 2007, Lucas do Rio Verde estava com pouco mais de 30 mil habitantes, hoje são 52.843 crescimento superior a 60%
“Precisamos buscar soluções para o aumento nos índices de violência, para o crescimento das demandas sociais. Mas precisamos, principalmente, agir na raiz do problema, que é o processo de seleção das pessoas que vêm para Lucas do Rio Verde”, disse, através da assessoria. o presidente da câmara, vereador Airton Callai.
A audiência pública foi promovida pela Prefeitura de Lucas do Rio Verde, Câmara de Vereadores, Tribunal Regional do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público de Mato Grosso e Ordem dos Advogados do Brasil.
Também participaram da audiência os vereadores, Zulu (PDT), Gilson Gregório (PSDB), Dirceu Cosma (PV) e a professora Cleusa (PT).