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Local usado para rinha de galos é fechado no Estado

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Uma rinha de galos foi fechada pela Polícia Militar Ambiental no bairro Jardim Imperial 2, em Cuiabá. O proprietário da área, que foi identificado pelos vizinhos como Nelson ou "Pelé", está foragido. No local, os policiais encontraram 72 animais presos em gaiolas, além da arena, onde aconteciam os campeonatos, e equipamentos usados para potencializar os golpes, como bicos de metal e esporas de plástico. O localização aconteceu durante uma ação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades), que tentava impedir a ocupação ilegal de uma Área de Preservação Permanente (APP), a menos de 100 metros do rio Coxipó. (ver na matéria abaixo)

O terreno era amplo e várias gaiolas estavam espalhadas. A estrutura era precária e havia fezes dos animais espalhadas por toda a área. Em um compartimento especial, ficavam isolados os galos mais valorizados. O mais barato custa em média R$ 2 mil e os mais valiosos chegam a R$ 30 mil.

As brigas de galo aconteciam nos finais de semana, mas pelo menos 3 vezes por mês havia um campeonato, que atraia uma quantidade maior de criadores e também apostadores. Uma tabela de papel colada na parede informava às pessoas os dias.

Segundo a Polícia, não é possível estimar quanto dinheiro circulava nos eventos, mas cada criador tem no máximo 3 animais, o que dá para calcular a presença de no mínimo 24 donos de aves como participantes fixos.

Os galos passavam pela pesagem e as transações comerciais eram registradas em um quadro negro, pregado na parede. O mural tinha alguns nomes e também telefones celulares dos frequentadores do local.

Em uma mesa, estavam vários medicamentos, utilizados para reduzir a dor e também estimular os animais no combate. As regras dizem que ao entrarem na rinha os animais só saem se fugirem do conflito ou "tombarem" (morrer com os golpes).

O proprietário da rinha também fazia o treinamento dos animais, pois havia algumas peças usadas para o trabalho. Na casa ao lado, também eram criados galos. O dono, Roque Rabuske, 57, foi preso em flagrante e levado para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) por maltratar animais.

Ele criava cerca de 46 galos, mas nem todos eram dele. O homem cobrava em média R$ 30 para cuidar dos animais.O imóvel ainda estava cheio de madeiras, que são utilizadas para construção de novas gaiolas.

Roque disse que a rinha, que fica ao lado da casa dele, está desativada há 3 anos, porém os vestígios encontrados no local mostram que funcionava ativamente.

Durante a operação, algumas pessoas apareceram na casa para prestar solidariedade ao acusado. A Polícia acredita que parte era proprietário dos bichos e foi contabilizar o prejuízo.

Ao todo foram recolhidos 118 galos. Os animais foram encaminhados para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A Polícia teve dificuldade em fazer o transporte porque as gaiolas eram grandes e não há condições de carregá-los sem a separação. Como são treinados para ser agressivos, acabam matando um ao outro.

A rinha estava em um local escondido, sem asfalto e perto da mata, mas tinha acesso rápido pela avenida das Torres. Segundo os vizinhos, o local já passou por vários donos, todos na mesma atividade. O caso é investigado pela Dema, que vai instaurar inquérito, onde serão ouvidas outras pessoas, inclusive vizinhos da localidade.

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