Cerca de 50 pessoas participaram, ontem, da audiência pública que discutiu o impacto das obras de duplicação da BR-163 no perímetro urbano do município. Lideranças luverdenses aproveitaram o momento para expor as opiniões e sugerir alterações no projeto de travessias urbanas.
Para o presidente da comissão especial de análise ao projeto de mobilidade urbana, vereador Gilson Baitaca (PMDB), a proposta apresentada pela concessionária não agrada em nada as lideranças luverdenses, uma vez que propõe apenas uma travessia no perímetro urbano, sendo um trevo diamante próximo a avenida Mato Grosso, onde hoje está o viaduto. “Queremos garantir pelo menos os quatro pontos de travessia que existe hoje passando por obras adequadas que venham atender a demanda por um longo período. Ou nós fazemos agora ou perdemos a chance de lutar por isso, pois depois das obras concluídas será mais difícil, praticamente impossível acontecer. Para isso vamos criar uma comissão representativa para fazer uma força tarefa e política na ANTT”.
A concessionária Rota do Oeste apresentou a programação de execução e respondeu aos questionamentos. “São obras no valor de R$ 175 milhões com previsão de dois trevos no município e duas passarelas. Neste momento estamos discutindo as outras passagens que ligam os bairros. Alguns pedidos do município já foram levados à ANTT, mas o que está previsto é a duplicação da rodovia existente. Quanto à mudança do traçado para fora da cidade, que é outro pedido, este também deve ser encaminhado à ANTT com os outros estudos feitos pela prefeitura”, explicou o diretor de Operações, Fábio Abritta.
Durante a audiência, o vice-prefeito Miguel Vaz apresentou pedidos já protocolados no governo federal e destacaram as possibilidades e prioridades do Executivo Municipal. “Nós temos um amplo debate com a Rota do Oeste, mas sabemos que eles são apenas contratados para o serviço, então nossos esforços se voltam para a ANTT, onde já protocolamos ainda em setembro de 2015 um ofício solicitando as trincheiras das avenidas Tocantins, Goiás e Nações. O projeto já teve aprovação técnica e está em avaliação orçamentária. Estamos dedicados a encontrar a melhor solução possível para que a duplicação da BR 163 cause o menor impacto possível na vida dos luverdenses”, informou Ramiro.
Lucas do Rio Verde é o único município que ainda não assinou o documento que autoriza a empresa a começar as obras no perímetro urbano. Por dia estão sendo registradas aproximadamente 18.500 travessias de um lado ao outro da cidade.