PUBLICIDADE

Levantamento aponta que só 0,01% do duodécimo foi para ‘investimento’ no Tribunal de Justiça em MT

PUBLICIDADE
A Gazeta

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) aplicou apenas 0,01% de todo o valor recebido a título de duodécimo no ano de 2017 em investimentos. É o que demonstram relatórios de contabilidade extraídos do Portal da Transparência da instituição e do governo do Estado.

De acordo com os números, a maior parte do duodécimo recebido pelo Tribunal foi destinado para a folha de pagamento e para o custeio do órgão. As informações garimpadas pela reportagem de A Gazeta foram confirmadas por contadores. A necessidade de fazer mais desses investimentos tem sido a principal justificativa da Corte e de outras instituições para solicitar um acréscimo de até 10% no duodécimo deste ano.

Segundo um dos relatórios publicados na transparência do governo do Estado, o TJMT recebeu pouco mais de R$ 1,2 bilhão até o sexto semestre do ano retrasado. Isso, sem contar com um repasse de aproximadamente R$ 491,7 milhões, rubricado como “Essencial à Justiça” no documento orçamentário do governo.

Deste total de R$ 1,2 bilhão, apenas R$ 189.576 foram, de fato, liquidados como investimentos , dentro de uma projeção que previa o gasto do mesmo valor. Os números do relatório intitulado “Comparativo de despesa autorizada com a realizada” não incluem os recursos provenientes do Fundo de Apoio ao Judiciário, o chamado Funajuris.

Em contrapartida, o TJMT aplicou, em 2017, mais de R$ 1 bilhão no pagamento de despesas com pessoal e encargos sociais. O valor representa 86% do montante repassado pelo governo do Estado naquele ano. A maior parte dos gastos da folha de pagamento são destinados a aplicação direta, aposentadoria do sistema de previdência próprio e reserva remunerada e reformas dos militares. A título de aplicação direta no salário de servidores, juízes e desembargadores, o gasto chegou a quase R$ 955 milhões.

Os dados apresentados nos documentos orçamentários do exercício de 2017, ano das informações mais atualizados, apontam para o fato de que a maior parte dos recursos são drenados para a folha de pagamento do Tribunal e para o custeio do órgão, que envolve pagamento de despesas como contas de água, luz, internet, manutenção e outros serviços.

O duodécimo é um repasse constitucional obrigatório feito pelo Executivo aos órgãos independentes, que podem gerir o recurso respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Durante praticamente todo o governo Pedro Taques (PSDB), os repasses foram pagos com atraso.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Acidente envolve cinco veículos em Lucas do Rio Verde

Um acidente ocorreu hoje de manhã, envolvendo quatro veículos...

Projeto bombeiros do futuro forma mais 103 crianças em Sorriso

O Projeto Social Bombeiros do Futuro formou 103 crianças...

Projeto “Florestas de Algodão” da UFMT é destaque em revista americana

o projeto "Florestas de Algodão", desenvolvido pelo Centro Vocacional...
PUBLICIDADE