"Quem quer amor de verdade adota com o coração". Com esta mensagem foi aberta, ontem à noite, a programação estadual da Semana da Adoção e dado início a campanha de conscientização para que mais crianças e adolescentes tenham a oportunidade de ter e fazer uma família feliz.
A ação desenvolvida pelo Poder Judiciário de Mato Grosso em parceria com a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), se estende até a próxima sexta-feira (27.05) com a realização de seminários, palestras, entre outros eventos voltados à disseminação de informações sobre a importância da legalidade no procedimento de adoção e os benefícios que a prática traz para a sociedade com um todo.
De acordo com a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça de Mato Grosso, que está à frente da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja-MT), Helena Maria Bezerra Ramos, existem no estado 69 crianças a espera de adoção e cerca de 400 famílias aptas a adotar.
Contudo, grande parte destas famílias fazem exigências quanto a idade, sexo e cor das crianças a serem adotadas, travando assim a fila de adoção. "Campanhas como essa, lançada pelo Governo do Estado ajudam a conscientizar as famílias de que, independentemente das características físicas, as crianças e até os adolescentes tem plenas condições de amar e serem amados", afirmou Helena Maria.
Representando a primeira-dama e secretária da Setecs, Roseli Barbosa, no evento, a assessora especial da Pasta, Rosarinha Bastos, que também é presidente da Comissão Estadual da Infância e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), observou que além da adoção existe a possibilidade da prática do apadrinhamento, seja no campo afetivo, ou no auxílio da formação de crianças e adolescentes institucionalizadas. "Temos vários exemplos de famílias que decidiram adotar após passar pela experiência de serem padrinhos e madrinhas", observou.
Na oportunidade, Rosarinha também destacou a importância da Nova Lei de Adoção (Lei n.º 12.010/2.009), na qual foi inserido o conceito de família extensa.
"Por meio desta lei tornou-se necessário esgotar as tentativas da criança ou adolescente de ser adotado por parentes próximos com os quais o mesmo convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade", afirmou Rosarinha, ao lembrar que cerca de 450 crianças estão passando por este tipo de procedimento em 48 instituições de Mato Grosso.
O evento realizado no Fórum da Capital também contou com a presença da desembargadora Clarice Claudino da Silva e do deputado estadual Emanuel Pinheiro, representando a Assembleia Legislativa.