A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano determinou a soltura dos dois acusados de envolvimento no assassinato do ex-jogador do Sorriso Esporte Clube, Leonir Elwanger, 38 anos. O ex-atleta, que era conhecido como “Totó”, foi morto a tiros, em novembro de 2017, em uma lanchonete, na avenida Tancredo Neves.
Os dois suspeitos estavam presos desde o ano passado. “Pois bem, no caso submetido à apreciação, entendo que as razões fáticas e jurídicas que renderam ensejo à manutenção da prisão dos indiciados em regime de segregação provisória não mais se encontram presentes, ainda mais considerando-se que estão presos há aproximadamente 11 meses e 21 dias, sem término da instrução”, destacou Emanuelle.
A magistrada ainda determinou a realização de uma perícia para confrontar os projéteis utilizados para matar Leonir com os de um revólver calibre .38 apreendido, em janeiro de 2018, em Sorriso. Segundo informações disponíveis no processo, a juíza levou em consideração que o suspeito de portar a arma também tinha uma suposta desavença com o ex-jogador. Ela deu prazo de dez dias para encaminhamento do revólver e dos projéteis para a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Em agosto do ano passado, o Ministério Público aditou a denúncia para apontar que o crime foi cometido por três pessoas, uma ainda não identificada. Segundo a denúncia, no dia em que Leonir foi executado, os atiradores chegaram em um Corolla prata, fizeram vários disparos e fugiram.
Os dois suspeitos foram localizados, em janeiro de 2019, por investigadores da Delegacia Especializada de Homicídios à Proteção (DHPP). Segundo o delegado André Ribeiro, as investigações apontaram que a motivação do crime seria um desentendimento envolvendo o empréstimo de uma motocicleta.