Após três semanas, o mutirão carcerário realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já analisou 3,8 mil processos de presos em Mato Grosso. 1.113 detentos ganharam algum tipo de benefício como como progressão da pena, visita periódica ao lar, trabalho externo, e outros 403 tiveram o benefício de liberdade. Os trabalhos do mutirão iniciaram no dia 17 deste mês e ainda está em andamento.
No Estado, os trabalhos foram divididos em cinco polos: Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Cáceres e Água Boa. No entanto, no relatório parcial da órgão não há especificado os números das regiões. Na primeira força tarefa, promovida entre julho e setembro de 2009, foram revisados 2.122 processos. 941 benefícios foram concedidos, sendo 392 pessoas colocadas em liberdade.
O juiz CNJ Carlos Ritzmann é responsável pelos trabalhos dos polos de Sinop e Cáceres e acredita que todo o trabalho será finalizado na data esperada, em 17 de dezembro. Em entrevista ao Só Notícias, o magistrado afirmou que o objetivo é fazer uma verdadeira radiografia do sistema carcerário nacional. “Com isso, o CNJ poderá criar alternativas, soluções, apresentar propostas e criar programas no sentido de melhorar a execução penal no país”, explicou.
Nove servidores, três juízes locais, três promotores e três defensores fazem parte da equipe de trabalho do polo de Sinop que é coordenado por Carlos Ritzmann. Além de Sinop, o mutirão é realizado em Cuiabá, Rondonópolis, Água Boa e Cáceres. O magistrado também avalia o sistema atual de presídios e defende mudanças.