A justiça revogou a prisão domiciliar da mulher acusada de mandar matar o jardineiro Dori Spagnol, 45 anos, em julho de 2013, em uma residência localizada na rua dos Cravos, no Jardim das Oliveiras. Spagnol, que era casado com a suspeita, foi atingido por golpes de facão no pescoço.
A suspeita foi encontrada três anos depois do homicídio, em uma fazenda, localizada na zona rural de Nova Monte Verde, por policiais civis daquele município com apoio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop. No final de 2016, a Justiça converteu a prisão preventiva em domiciliar, uma vez que a mulher estava grávida e doente.
O júri popular do caso foi marcado, ainda em 2018, para março deste ano. No entanto, acabou redesignado para 10 de setembro e remarcado, posteriormente, para o dia 17, do mesmo mês. No entanto, no início de agosto, acabou adiado para abril do ano que vem.
“Diante da redesignação da sessão de julgamento da acusada, entendo que a manutenção de sua prisão domiciliar poderá vir a configurar o excesso de prazo na formação da culpa. Além disso, no que tange à garantia da ordem pública, no presente caso, passados mais de seis anos dos fatos, é cabível a substituição de sua prisão domiciliar por outras medidas cautelares diversas da prisão, vez que não mais configurada”, consta na decisão judicial.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o assassinato tem envolvimento de mais três adolescentes. Dois deles teriam ido até a casa do jardineiro, a mando da mulher, e atingido a vítima com os golpes de facão. Um dos menores contou à Justiça que tinha um relacionamento com a mulher. Segundo ele, a acusada reclamava do casamento e dizia estar “cansada de brigar” com Dori.
Em júri popular, ela vai responder por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime de corrupção de menores.