A colunista social Kharina Nogueira está proibida pela Justiça de enviar mensagens de texto, e-mails ou correspondências ofensivas ao empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, com quem foi casada. A decisão, que atende parcialmente a um pedido liminar, foi proferida pelo juiz Aristeu Dias Batista Vilella.
De acordo com o pedido, protocolado pelos advogados de Mendonça, ela “vem lhe desferindo ataques a sua honra e moral, por meio de e-mails, redes sociais, imprensa e mensagens em seu celular”. Nas mensagens, ela usa termos como agiota, testa de ferro, idiota, fantoche, entre outras, de forma reiterada.
Kharina é apontada como estopim da investigação que culminou com a operação Ararath, deflagrada em cinco fases pela Polícia Federal, que resultou em indícios de participação de políticos e empresários em crimes contra o sistema financeiro. Mendonça, colaborador premiado, é apontado como um dos operadores do esquema, utilizando duas empresas de sua propriedade. Foram os depoimentos prestados por ela que possibilitaram o início da investigação.
O magistrado, para justificar a decisão, se baseou no Código de Processo Civil, cujo artigo 799 garante a proibição de determinados atos para se evitar o dano. “Até porque encontra-se no âmbito da tutela civil dos direitos da personalidade, senão vejamos o que prevê o artigo 12 do Código Civil: ‘Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei’”, afirmou.
Kharina e Mendonça foram casados até o ano de 2006.