A juíza Ana Cristina Mendes, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado, negou a soltura de sete membros do Comando Vermelho em Mato Grosso. Eles estão presos desde 2017, quando foi deflagrada a Operação Ares Vermelho, que desvendou uma rede criminosa que roubava veículos para sustentar a facção.
A defesa dos acusados argumentou que é direito deles ter um prazo razoável para o julgamento e, como ainda não há uma previsão, eles deveriam ser soltos e aguardar o resultado em liberdade. Os presos são acusados de crimes como lavagem de dinheiro, roubo, receptação, adulteração de sinal identificador de veículos, porte ilegal de arma, uso de documento falso, estelionato, tráfico, entre outros.
“Importante registrar que diante da gravidade concreta das condutas atribuídas aos acusados, bem como diante da periculosidade social evidenciada até o presente momento, concluo que a imposição das medidas cautelares diversas da prisão se mostra ineficiente para garantir a ordem pública”, diz a juíza em sua decisão.
A magistrada também argumenta que a demora no processo ocorre porque foram denunciadas 50 pessoas, o que torna o caso complexo, além do fato de que os advogados nem sempre responderam às intimações judiciais.
As investigações apuraram que o grupo movimentou R$ 1,2 milhão, em três meses, com a venda dos veículos roubados. Foi identificado que a facção era responsável por 60% dos roubos e furtos de carros e motos na região metropolitana, com ramificações em Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia.