O juiz Hugo José Freitas da Silva negou o pedido de soltura de um dos dois suspeitos de matar, a tiros, Ronaldo Brito Silva, 27 anos. A vítima foi assassinada após uma briga em um jogo de sinuca, no bairro Rio Verde, em Lucas do Rio Verde, no dia 26 de maio de 2019.
Segundo a denúncia, o crime teria sido cometido por um homem de 43 anos e seu filho de 21 anos. Ainda em 2019, a Justiça de Lucas decidiu que os dois irão a júri popular por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e executado de maneira que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. No entanto, até o momento, a data do julgamento não foi definida.
Com base nessa situação, a defesa do homem de 43 anos ingressou com pedido de revogação da prisão preventiva. A alegação é de que está ocorrendo “excesso de prazo” na manutenção da prisão preventiva. Ao negar o pedido, o juiz lembrou que o julgamento ainda não foi designado em razão da ausência de manifestação da própria defesa dos acusados em uma das fases do processo.
“Portanto, o processo não está pronto para designação da sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri, sob pena de violação dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. De outro lado, no que pese o tempo de prisão provisória do requerente, é cediço que o excesso de prazo não deve se dar exclusivamente por uma análise aritmética, mas sim, em observância aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade”, afirmou o magistrado.
O homem, em depoimento à Justiça, confessou o crime. Ele foi localizado pela Polícia Civil em Sinop, em um hotel na rua colonizador Ênio Pipino. Os investigadores relataram que policiais da DHPP de Lucas pediram apoio, apontando que o suspeito estava com prisão preventiva decretada e escondido em Sinop. O filho dele, por outro lado, negou ter auxiliado na execução do crime, mas também segue preso.
Conforme Só Notícias já informou, Ronaldo chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu antes de dar entrada no hospital.
